Presidente da Alesp convoca reunião para tentar desfazer ‘acampamento’ por CPIs
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) busca uma solução para a fila de assessores parlamentares que se formou na Casa na tarde desta terça-feira, 21, se estendeu pela madrugada e permanece na manhã desta quarta-feira, 22, em busca de vagas para protocolar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e apresentar projetos.
A assessoria do presidente André do Prado (PL) informou que ele convocou colégio de líderes para reunião ainda na manhã desta quarta e que tentará um acordo para desfazer a aglomeração nos corredores. Os líderes de todos os partidos participarão da reunião, que ocorrerá a portas fechadas.
Segundo a assessoria do presidente, a tentativa de acordo vai na direção de ordenar a apresentação de proposituras e, assim, anular a necessidade da fila. O Estadão revela que pelo menos 48 assessores parlamentares “acamparam” e passaram a noite na Alesp em busca de garantir um lugar para os deputados no rito de protocolo de requerimentos, que ocorrerá na sexta-feira, 24.
A disputa se deve ao fato de a Casa permitir o funcionamento de no máximo cinco CPIs simultaneamente, o que leva parlamentares da oposição e da base a se apressarem para propor a instauração de investigações de interesse próprio ou de aliados. As CPIs têm início por ordem de protocolo.
Na noite de terça-feira, 21, a Alesp afirmou em nota que não cabe à Mesa Diretora cercear a liberdade dos deputados de formar uma fila na Casa, mas o que presidente está pessoalmente incomodado com a situação e quer resolvê-la, segundo a sua assessoria. A primeira tentativa de solucionar o caso foi distribuindo senhas para os assessores parlamentares, mas a fila continuou, já que representantes de outros deputados poderiam tomar os primeiros lugares à porta do plenário e pedir anulação das senhas.
A Assembleia tem um sistema online para receber protocolos que, em tese, tornaria desnecessária a fila. Contudo, um terço dos deputados da nova legislatura são novos na Casa e nem todos ainda têm acesso ao sistema.