Presa acusada de fraude em um pacote turístico
Uma mulher foi presa na manhã de ontem (1) pela 7 Divisão de Polícia Administrativa de Petrópolis, acusada de estelionato cometido no ano de 2002. Na ocasião, segundo a Polícia, ela organizou um pacote de excursão para a Bahia, mas não pagou as contas de hospedagem e restaurante, fugindo com a quantia de R$ 19 mil, enquanto os viajantes foram despejados do hotel. A acusada não teve a identidade revelada.
O caso aconteceu em julho de 2002. Segundo uma denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na função de agente de viagens, a mulher organizou a excursão cobrando mais de R$ 700 por cada uma das pessoas, num suposto pacote que incluía hotel, passeios e alimentação. O problema é que no terceiro dia, ela desapareceu, deixando apenas um bilhete. Um depósito de R$ 300 na conta de um dos viajantes chegou a ser feito, por parte de sua filha, para que o ônibus com os petropolitanos pudesse abastecer e voltar à cidade.
Elisabeth dos Santos, que mora no Retiro, foi uma das pessoas lesadas. “Estava eu, meu marido, e minha filha estávamos nesta viagem. Fomos para um hotel em Amaralinas, na Bahia, e pagamos tudo com antecedência. Da nossa parte deu R$ 1,4 mil. Só a nossa filha que pagaria em cheque e conseguiu sustá-lo a tempo. Nós embarcamos de ônibus e chegamos lá esperando nos distrair e também conhecer a cidade de Salvador”, explicou. O que seria uma viagem acabou se tornando um transtorno. A agente de viagens não pagou a estadia e os 28 hóspedes foram despejados do hotel. “No primeiro já não serviram a refeição, porque não estaria pago. Aí no segundo dia fomos para um restaurante, mas lá a moça disse que ela também não tinha feito o pagamento. Como nós já tínhamos comido, tivemos que pagar tudo. Já foi meio estranho”, descreveu.
No terceiro dia, depois de não ver mais a agente de viagens, Elisabeth e os outros excursionistas começaram a se preocupar, e rapidamente foram informados pela dona do estabelecimento de que apenas três dias da hospedagem haviam sido pagos, e que a responsável tinha ido embora com o dinheiro. “A dona do hotel até deixou a gente dormir mais uma noite lá, mas não pudemos ficar mais tempo, porque não tínhamos como pagar aquilo tudo”, completou Elisabeth.
Por sorte, a filha da suspeita, depois de questionada pelos seus clientes, depositou o dinheiro suficiente para o retorno a Petrópolis. “Aí ligamos para a filha dela, e ela depositou 300 reais para que voltássemos pra casa. Foi um trauma. Não quero voltar a Salvador nunca mais. Fiquei traumatizada por causa dessa safadeza”, concluiu.
Em Petrópolis, os 28 clientes fizeram um boletim de ocorrência na 105ª Delegacia de Polícia do Retiro, e denunciaram o fato também junto ao Ministério Público. Com base nas denúncias e na reunião de algumas provas, a 1 Vara Criminal de Petrópolis decretou a prisão da responsável pela viagem. Com o mandado em mãos, a Polícia Civil a localizou num condomínio de luxo na grande São Paulo, e efetuou sua prisão.