• Preocupação depois de dois meses de obras

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  • 09/08/2017 11:05

    Os moradores da Rua Santa Luzia, no Bataillard, estão ansiosos pelo término das obras. Há cerca de dois meses diversas famílias ficaram “ilhadas” depois do desmoronamento da rua. Os veículos que estavam estacionados na área antes do afundamento da pista estão “presos” há quase 60 dias. Quem dependia desses veículos para realizar as atividades cotidianas precisou improvisar para o prejuízo não ser ainda maior. 

    Esse é o caso da moradora Grace Kelly, que utilizava a kombi da família para realizar o transporte de materiais em geral e entregar os pedidos dos salgados que vende. Mas, como não consegue sair da rua com o veículo desde o incidente, ela está pagando frete para entregar os pedidos na casa dos clientes. Quando não consegue, o jeito é ir de ônibus. 

    “No sábado choveu forte e eu estava pagando frete de moto. Quase não consegui chegar com os salgados inteiros no evento. Até falei com a cliente que qualquer coisa eu devolveria o dinheiro, ou seja, tem sido uma despesa atrás da outra”, lamentou.

    A situação de Kamila Cordeiro é ainda mais delicada. Há dois meses ela paga o aluguel do imóvel onde mora com a família sem, no entanto, estar nele. “Não podemos perder o imóvel, mas também não consigo ficar aqui e fazer as coisas que preciso diariamente sem carro. Ele ficou preso na garagem, já que não há passagem pela rua. Tenho três filhos pequenos que entram na escola 7h30. De carro consigo sair de casa 7h10, mas de ônibus preciso ir para o ponto 5h30. Não posso fazer isso com eles! Ainda mais nesse frio. O meu filho mais novo tem apenas um ano e meio”, disse, desolada.

    Enquanto a família não consegue voltar para casa eles se mantém hospedados na casa de parentes. “Precisei recorrer aos meus pais, que do dia para noite passaram a morar com mais cinco pessoas. Todos os dias meu marido leva as crianças no carro da minha mãe para a escola e depois retorna com o veículo. Realmente tem sido uma situação muito complicada e estamos com medo dessa obra não ficar pronta no prazo previsto”, desabafou. Segundo informações da Prefeitura, 70% do muro já está pronto. Ainda será necessário fazer a contenção com tirantes, drenagem e aterramento da rua.  



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