• Prefeitura vai demolir casas permanentemente interditadas

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  • 12/03/2022 05:00
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    A Prefeitura vai demolir as casas em área de risco que tenham apontamentos técnicos que recomendem a interdição das construções. De acordo com a Prefeitura, as equipes da Defesa Civil trabalham no momento nas análises pontuais dos imóveis dentro dos polígonos de risco remanescente, para definir se as interdições serão temporárias, com condições de intervenções de segurança, ou se serão permanentes, por não haver condições de aplicação de projetos de contenção. Apenas após essas análises, será dado início ao trabalho de demolições.

    No dia 1º de março, a Secretaria de Infraestrutura e Obras demoliu um posto de combustível na Rua Teresa, devido ao risco de desabamento. Na ocasião, a assessoria de comunicação do Estado informou que o governo tinha se colocado à disposição da Prefeitura para fazer futuras demolições, mas quais imóveis deveriam ou não serem demolidos seriam definidos pelo município. Porém, uma semana depois, o governo Estadual, em nova resposta à Tribuna, se limitou a dizer que demoliu, sim, o posto, mas que futuras demolições são de responsabilidade da administração municipal.

    Ao longo da última semana, a Tribuna de Petrópolis questionou a Prefeitura pelo menos três vezes sobre a demolição de imóveis afetados pelo temporal, sem respostas. Somente nesta sexta-feira(11), a Prefeitura se posicionou em relação às demolições e ações para evitar que as pessoas retornem para as áreas de risco.

    Em 2013, durante a gestão também do prefeito Rubens Bomtempo, e coordenada pelo coronel Rafael Simão, atual coordenador Especial de Articulação Institucional que, na época, ocupava o cargo de secretário de Proteção e Defesa Civil,  foi feita a contratação de uma empresa para executar a demolição, por vezes preventiva, de imóveis que apresentavam risco de desabamento. Já nesta nova gestão, ainda não foi informado como será feito este trabalho. 

    Segundo a Prefeitura, para evitar que as pessoas retornem para as áreas de risco, a Defesa Civil está em constante ação pelas localidades em que foram demarcados os trechos de risco remanescentes, em que os imóveis estão temporariamente interditados. Com as ações nas comunidades, o órgão disse que reforça constantemente a orientação para que as pessoas sigam as recomendações de segurança e não voltem para os imóveis em área de risco.

    A Tribuna tem recebido vários relatos de pessoas que retornaram para os imóveis que estão dentro do perímetro de risco demarcado pela Defesa Civil, como mostra a matéria “Rua Nova: o drama de quem já está de volta em áreas de alto risco”. Ou como na matéria “Com 23,36% das ocorrências vistoriadas até agora, Defesa Civil pode levar até três meses para concluir o trabalho”, em que moradores do Cascatinha nem sequer saíram dos imóveis que estão sob risco. 

     Para tentar evitar o retorno das pessoas às moradias interditadas, a Prefeitura disse que criou um grupo de trabalho para identificar as pessoas que estão em busca ou já conseguiram o imóvel, prestando o auxílio necessário para viabilizar a transferência. Essa ação, segundo a Prefeitura, conta com o acompanhamento de várias entidades ligadas ao terceiro setor que ajudam na organização e na busca de imóveis – incluindo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), que participa ativamente do processo.

    A Prefeitura disse ainda que criou o banco de imóveis para os proprietários cadastrarem seus imóveis para as vítimas da chuva. Estão isentos de IPTU os proprietários que disponibilizarem os imóveis para o Aluguel Social. 

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