Prefeitura tenta liberar obras no Palácio de Cristal. Trabalhos foram paralisados em janeiro
Quem passa pelo Palácio de Cristal, seja morador de Petrópolis ou turistas, se impressiona com as obras iniciadas no jardim daquele que é um dos principais pontos turísticos da cidade. A imagem, com montanhas de terra na frente do palácio, esconde a beleza dos famosos jardins. E tudo indica que a foto ainda será essa por um longo tempo. Isso porque até agora a Prefeitura ainda não conseguiu liberação para dar continuidade aos trabalhos, paralisados em janeiro por ordem do Instituto do Patrimônio Artístico e Arquitetônico (Iphan). O município já apresentou a documentação solicitada e tenta autorização para dar andamento às intervenções.
Ao embargar a obra, o Iphan apontou a necessidade de um Projeto de Monitoramento Arqueológico, o que viabilizaria a execução das intervenções, em virtude do valor histórico do espaço. A reforma do Palácio de Cristal é fruto de um convênio assinado entre o município de Petrópolis e o Ministério do Turismo em 2017. A partir de então, a prefeitura passou a trabalhar para o desenvolvimento do projeto executivo para reforma de toda a área externa do atrativo, com a substituição da tubulação hidrosanitária, condutores elétricos e reforma do pórtico e dos banheiros. O projeto executivo foi aprovado pela Caixa Econômica Federal e pelo Iphan em março de 2019.
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Toda a reforma vai custar R$ 1.144.768,83, com a maior parte do recurso provenientes de emenda parlamentar. No fim do ano passado, a empresa responsável iniciou a obra pelos banheiros e, este ano, começou a segunda fase, prevendo a troca da tubulação hidráulica e elétrica do Palácio. Nesta etapa, segunda a prefeitura, o Iphan apontou a necessidade de que o projeto executivo contemplasse também os estudos por um arqueólogo, em virtude do valor histórico do espaço.
O Instituto havia informado em janeiro que, durante análise do projeto, o corpo técnico identificou que necessitava de complementações fundamentais para a intervenção. Os trabalhos, segundo o Iphan, começaram sem a resolução das pendências, e houve então um pedido de paralisação da obra. Ainda na nota, a entidade disse que a Prefeitura atendeu parte das recomendações, mas que as intervenções nos jardins só poderão recomeçar após a apresentação de toda a documentação.
Em nota, a prefeitura informou que os trabalhos continuam na parte dos banheiros e na entrada do atrativo e o contrato firmado com a empresa responsável pelo Projeto de Monitoramento Arqueológico já foi entregue ao Iphan.