• Prefeitura responde motivo de medida adotada no HAC não ter sido implementada em outras unidades de saúde do município

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  • 30/10/2023 20:20
    Por Enzo Gabriel

    **Matéria atualizada com mudança no título e acréscimo do posicionamento da Prefeitura, às 22h14

    A Prefeitura de Petrópolis informou, na última sexta-feira (27), que as visitas a pacientes no Hospital Alcides Carneiro (HAC) seriam suspensas por conta do aumento de casos de covid-19 na cidade. No entanto, a medida não foi tomada em outras unidades municipais de saúde, que seguem sem restrições: Hospital Municipal Nelson de Sá Earp; Pronto Socorro Leônidas Sampaio, no Alto da Serra; além das três UPAs – Centro, Cascatinha e Itaipava. Também não foi divulgado se alguma recomendação aos hospitais particulares da cidade foi feita.

    A Tribuna questionou o motivo de apenas o Hospital Alcides Carneiro ter adotado esta medida. Em resposta, a Prefeitura informou “que as medidas adotadas no HAC visam reduzir os riscos de contágio de forma estratégica, especialmente entre os pacientes oncológicos, que possuem imunossupressão em razão de sua doença-base, e que as demais unidades públicas de saúde do município, por sua vez, não possuem este perfil de pacientes, sendo o Hospital Alcides Carneiro a porta de entrada de urgência e emergência para pacientes oncológicos e referência em oncologia no município. O Comitê Científico de Petrópolis se reunirá na próxima semana para avaliar o painel epidemiológico da cidade e definir se estas medidas também serão necessárias nos outros equipamentos da rede pública de saúde do município”.

    Leia também: Prefeitura nega “superbactéria” no Alcides Carneiro; Hospital suspendeu visitas e motivo seria aumento de casos de covid

    Segundo comunicado do Serviço Social Autônomo Hospital Alcides Carneiro (Sehac), a restrição de visitas ocorre por conta do aumento de casos positivos da covid-19 e busca reduzir os riscos de contágio no complexo hospitalar. Além disso, existe a recomendação para que a população siga se vacinando. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, 1.171 casos foram confirmados até esta segunda-feira (30) entre setembro e outubro.

    Bomtempo se pronuncia sobre suposta “superbactéria” no HAC

    Em vídeo divulgado, hoje, nas redes sociais, o prefeito Rubens Bomtempo se solidarizou com os pais do menino João Marcelo, que perderam o filho na última semana. Bomtempo também reforçou que busca o combate às notícias falsas de que o Hospital Alcides Carneiro tem uma “superbactéria” infectando pacientes.

    O prefeito afirmou que iria registrar um boletim de ocorrência por crime cibernético por conta da disseminação de fake news sobre a suposta “superbactéria”.

    Pais de João afirmam que causa da morte não foi por nenhuma “superbactéria”

    Os pais do menino também se pronunciaram nesta segunda-feira (30). Eles afirmaram que a causa da morte do jovem não foi por nenhuma “superbactéria”.

    “Estão criando narrativas em relação ao que não existe. Criando e falando coisas absurdas. Estão usando a imagem do meu filho e não estão respeitando a minha dor”, disse Larissa, mãe de João.

    Na semana passada, o diretor-presidente do HAC, Ricardo Patuléa, já havia se pronunciado sobre o caso e afirmado que estavam espalhando mentiras e criando pânico.

    Nenhuma evidência de bactéria foi encontrada em casos investigados em São João del-Rei

    O Ministério da Saúde está investigando a morte de três crianças no município de São João del-Rei, em Minas Gerais, e um possível surto causado pela bactéria Streptococcus pyogenes. Uma equipe técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente está na cidade desde a última sexta-feira (27), a pedido da Secretaria de Saúde de Minas Gerais. 

    “Até o momento, não há evidências que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João del-Rei, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique alteração na rotina das atividades da população local. Pelas informações recebidas até agora, também não há evidências que conectem o Streptococcus pyogenes aos óbitos”, informou o ministério. 

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