Prefeitura refaz plano de riscos do 1° distrito obedecendo à decisão da justiça
A prefeitura abriu licitação para contratar a revisão do Plano Municipal de Risco de Movimento de Massa para o primeiro distrito. A ação é uma obediência à determinação judicial. O Plano deve contar, obrigatoriamente, com a reconfiguração das localidades consideradas em risco e também a reclassificação das áreas atingidas diretamente pelo desastre de 2022. A concorrência vai ser agora no dia 20 de março, data exata de um ano da segunda chuva de 2022. A concorrência estipula teto de R$ 329 mil para a atualização do plano.
Estudo global só em 2017
Em 2017, pela primeira vez, depois de quatro anos de confecção, foi finalmente apresentado estudo de risco que englobou toda a cidade. Na ocasião, a Theopratique Engenharia confirmou 15.240 residências em áreas de risco alto e muito alto para deslizamentos de terra somente no primeiro distrito. Elas se somam a mais 5.762 moradias no segundo distrito, em Cascatinha; mais 3.312 em Itaipava; 1.723 em Pedro do Rio e outras 1.667 na Posse, que foram mapeadas pela primeira vez.
Primeiro estudo
O primeiro estudo, de 2007, focou somente no primeiro distrito e mapeou 102 áreas de risco alto e muito alto. O de 2017 ampliou para os demais distritos e ratificou o anterior, do primeiro distrito. Ele apontou, além dessas 102 áreas, 39 no distrito de Cascatinha, 35 em Itaipava, 32 em Pedro do Rio e 26 na Posse.
Qual a evolução?
Ratificando o primeiro estudo, de 2007, o segundo assinalou 15.204 moradias em risco somente no primeiro distrito. Mas, em uma década, visto que o segundo levantamento é de 2017, esse número não teria crescido? Essa nova atualização que será licitada agora poderia comparar também esse dado de evolução de ocupação arriscada.
27.704 casas em áreas de risco
Além das 15.204 moradias do primeiro distrito, construídas em áreas de risco alto e muito alto, no segundo distrito (Cascatinha) são 5.762 moradias; no terceiro distrito (Itaipava) 3.312; no quarto distrito (Pedro do Rio) 1.723, e no quinto distrito (Posse), 1.667. O total é de 27.704 casas em risco, o que representariam população de 108 mil pessoas. É possível que a tragédia das chuvas de 2022 tenha ‘reconfigurado’ as áreas de risco no primeiro distrito o que iremos saber com a revisão do plano.
Apagão de Castro
E o prefeito Rubens Bomtempo vem tomando espaço no apagão que o governo do Estado sofre na cidade ao deixar inacabadas obras de reconstrução e sequer ter iniciado as demais acordadas. Um dos exemplos é na 24 de Maio. A prefeitura atendeu os moradores da localidade e vai fazer serviços de demolição e finalização das obras caso o estado não compareça. Seria legal o governador Claudio Castro se movimentar porque vai perder espaço. E não apenas por causa dessa questão política, mas porque a cidade merece e carece das obras.
Já deu, gente!
Falando nisso, é triste que ainda se divulgue com pompa e circunstância a compra de ambulâncias, por parte do estado, para ampliação e renovação da frota do Samu. A população não se sensibiliza mais com o que é obrigação do estado. Pior é ainda pegar carona no ‘feito’.
Contrastes
Longe de a gente fomentar a intriga e a discórdia, mas cresce o mal-estar entre artistas contratados para o Carnaval pela prefeitura. Teve banda que ganhou R$ 2,5 mil por cada show e outras R$ 21 mil por uma única apresentação. Pessoal tá meio desgostoso.
No Uruguai
A Defesa Civil de Petrópolis está representada em Punta del Este, no Uruguai, participando, até amanhã, da VIII Plataforma Regional para Redução de Riscos de Desastres nas Américas e no Caribe. O evento promove o intercâmbio de experiências entre governos, ONGs, setor privado, sociedade civil, comunidades científico-tecnológicas e agentes de cooperação no tema. Esta edição é focada em tecnologia para a gestão de risco de desastres.
Conta alta
Neste Carnaval foram cinco mil residências sem luz em Petrópolis. Por baixo dá umas 40 mil pessoas. Agora e de negócios? Foram vários hotéis e pousadas com intermitência do fornecimento de energia. O assunto foi tratado na reunião do Conselho Municipal de Turismo e é bem antigo. Tanto que boa parte destes negócios tem gerador próprio de tanto que tiveram prejuízos em verões anteriores.
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