• Prefeitura não aponta solução para rodoviários em pedido de transferência de linhas

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  • 27/fev 08:00
    Por Wellington Daniel

    A Prefeitura de Petrópolis não apontou nenhuma solução para a questão do emprego dos rodoviários nos pedidos que fez à Justiça para a substituição das linhas da viação Cascatinha. A Tribuna de Petrópolis teve acesso aos três documentos protocolados junto à 4ª Vara Cível pelo município e os profissionais só são citados quando a Companhia de Trânsito e Transportes (CPTrans) afirma que a permissionária não contrata motoristas em número satisfatório, o que deixa alguns bairros da cidade sem o serviço.

    Na sexta-feira (23), após a Justiça atender ao pedido do município, a CPTrans pretendia substituir as linhas da Cascatinha por coletivos da Turp, Cidade Real e Cidade das Hortênsias. Sem receber nenhuma explicação sobre como seria essa transição, os rodoviários realizaram uma manifestação no Terminal Centro, que só se encerrou após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) suspender as mudanças.

    No entanto, no dia 5 de março, o colegiado do Tribunal avaliará se mantém ou não a decisão da 4ª Vara, o que significa que ainda há a possibilidade de substituição das referidas linhas. Até a última atualização desta reportagem, no entanto, o município não informou um plano para auxiliar os funcionários da Cascatinha, apesar de ter se comprometido a garantir os empregos em outra ocasião.

    Leia também: TJRJ suspende transferência das linhas da Cascatinha

    O primeiro pedido do município para a substituição das linhas foi feito em 18 de janeiro, assinado pelo procurador-geral do município, Miguel Barreto e abrange também a viação Petro Ita. Uma das preocupações apontadas foi em relação à apreensão de um ônibus pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

    Leia também: Com documentação vencida desde 2018, ônibus da Petro Ita é apreendido pela PRF

    No dia seguinte, a CPTrans reforçou o pedido de substituição dos veículos que foram reprovados e solicitou os prazos. A companhia pediu ao juiz que os 42 veículos das viações fossem substituídos em até 40 dias úteis, de forma escalonada.

    Após a audiência no dia 6 de fevereiro, a CPTrans ingressou com outra petição e reforçou as solicitações da primeira. Nesta, a companhia afirma que as quebras constantes dos coletivos e a falta de motoristas em número satisfatório, causam a interrupção do serviço do transporte público em diversas comunidades atendidas pela Cascatinha. Também não cita nenhum plano para atender os rodoviários contratados pela empresa.

    Rodoviários só são citados em audiência

    Na audiência especial do dia 6 de fevereiro, em seus momentos de fala, o município reforçou o pedido de substituição. Desta vez, o diretor-presidente da CPTrans, Thiago Damaceno, disse que a companhia entendia que a decisão precisava proteger os funcionários da Cascatinha. Já Miguel Barreto disse que a Prefeitura faria esforços para ajudar os rodoviários.

    “O Município de Petrópolis se compromete em envidar todos os esforços no sentido de garantir a manutenção dos empregos dos rodoviários e demais empregados de empresas que vierem a ser afetadas por eventual decisão positiva (substituição das linhas) deste juízo”, disse o procurador-geral do município, Miguel Barreto, sem apresentar planos específicos.

    Enquanto isso, os profissionais continuam preocupados. Na última sexta-feira (23), reuniões foram feitas ao longo do dia no sindicato da categoria para debater a questão. Nesta segunda (26), o SindRodoviários protocolou um pedido para uma reunião urgente com o município, com o detalhamento dos próximos passos em relação aos empregos.

    A Tribuna de Petrópolis questionou a Cascatinha sobre os apontamentos da CPTrans, mas não obteve retorno. A Prefeitura também não retornou aos contatos da reportagem.

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