Prefeitura lança marcação de consultas online, mas não revela quantas são
A Tribuna pediu à prefeitura que informasse o número total de consultas previstas nos agendamentos online nas Unidades Básicas de Saúde uma novidade anunciada na semana passada. Eles responderam apenas “as vagas estão sendo disponibilizadas de acordo com a estrutura e quantidade de profissionais de cada Unidade Básica de Saúde. A disponibilidade de vagas para o agendamento é ofertada gradualmente, de acordo com a estrutura de cada unidade”. Uma fala que é o popular ‘choveu no molhado’.
Faltam médicos
Na verdade, o número de vagas é reduzido, por isso não há alarde de vagas. É como no caso da UBS do Independência– que falamos aqui váááááárias vezes – que só tem 28 números por mês. É o mesmo desafio de gestões anteriores: ter médicos suficientes. Segundo os bocas de balde dos vereadores são 17 postos sem médico na cidade. Mas tal qual um líder do governo na Câmara, Dudu defendeu Hingo Hammes em plenário quando o assunto veio à tona. Segundo ele faltam médicos em apenas cinco postos.
Só biscoito
Depois de ter conseguido apenas comprar tilápia como proteína na merenda escolar de 41 mil alunos, a Secretaria de Educação também não foi feliz em outra licitação: compra de manteiga, pão e polpa de fruta. A licitação foi fracassada. Sem carnes, a opção era que os estudantes fizessem apenas lanche, mas e agora que também não tem pão e manteiga?
Tiros também
A Tribuna estampou nas páginas de Cidade o lance das motos barulhentas e as algazarras que tiram o sossego na cidade. E, imitando o som das motos grifou no titulo “Randandan das motos, som alto e tumultos infernizam a vida dos cidadãos”. Mas teve leitor nos corrigindo: “randandan é apenas no Centro. Nos bairros é “randandan e pá-pá-pá”.
Tampão
Agora é oficial: Hingo Hammes aboliu o ‘interino’. Em suas redes sociais tem se divulgado apenas como ‘prefeito’. Deve ser algum conselho marqueteiro porque, sendo candidato em uma eleição suplementar, o ‘interino’ passa a sensação de provisório, sem potencial. De qualquer forma vai ser difícil dissociar sua gestão de um mandato tampão. Interino se incorporou ao sobrenome já.
Contagem
Petrópolis está há 230 dias sem prefeito eleito pelo povo.
Sem desvinculação
O prefeito vetou e a Câmara manteve o veto a um projeto de lei emendando ao orçamento de 2022 desvinculando o salário dos médicos dos demais servidores, inclusive os da saúde, uma forma de reajustar estes vencimentos apenas. Não que esteja totalmente errado, afinal, as categorias como Guardas, por exemplo, tem um PCCS próprio… Porém, neste caso, seria uma segregação de médicos dos demais profissionais de saúde, quebrando o princípio da isonomia.
Vaias e aplausos
De qualquer forma, os vereadores mantiveram o veto e deram esta derrota ao autor, o médico Mauro Peralta, em dia de plenário cheio com assistência formada por servidores da saúde. Yuri Moura, que fez oposição – único inclusive – ao projeto desde sempre, fez a festa. Mauro Peralta foi vaiado e tudo, mas disse que era uma questão política e que ‘não iria se submeter a pressões’. Já 13 vereadores que foram favoráveis anteriormente, nesta sessão mudaram de voto e mantiveram o veto. Também, com plenário cheio de servidores melhor mudar de lado que ficar sem apoio popular…
R$ 400 milhões por ano
O problema na saúde continua sendo de gestão, porque dinheiro tem. O orçamento deste ano é de quase R$ 400 milhões apenas para a saúde frente a um orçamento total de R$ 1,1 bilhão. São R$ 33 milhões por mês para a saúde.
Não vai rolar
A Secretaria de Saúde, em reuniões com os ministérios públicos federal e estadual, chegou a cogitar fazer um ‘bloqueio vacinal da Comunidade 24 de Maio’, como foi realizado em Serrana, cidade do interior de São Paulo. Mas esbarrou em falta de doses. Seria necessário abrir mão do calendário de vacinação por faixa etária e público prioritário e vacinar a todos, mas com as doses normais, sem receber imunizantes extras. Assim, desistiram porque iam apanhar feito boi ladrão.
Eu, hein!
O Índice de Preços Ticket Log apurou que o preço médio da gasolina no Rio de Janeiro ultrapassou pela primeira vez este ano o preço médio praticado no Acre, Estado com maior dificuldade de logística, e atingiu R$ 6,458 por litro na primeira quinzena de agosto. Não sei de onde tiraram isso. Aqui já está R$ 6,79 há tempos.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br