Prefeitura já sabia do risco do ônibus acidentado ontem. E de quantos mais?
É inacreditável que a prefeitura já soubesse dos riscos do ônibus que fazia a linha 464 – Nelson Roncoroni via Eugênio Werneck, no Morin, da empresa PetroIta, que se acidentou ontem lotado com 40 passageiros. A prefeitura admitiu em nota que diz textualmente o seguinte: ‘em vistoria realizada pela CPTrans em setembro deste ano foram constatadas irregularidades no veículo envolvido no acidente. A empresa foi notificada a fazer os ajustes. Em outubro, durante nova vistoria, o veículo foi reprovado e a empresa multada”. Foi reprovado e vida que segue? Não foi retirado de circulação? Por quê? E a pergunta principal: quantos mais foram reprovados e continuam circulando?
E vida que segue?
A prefeitura admite, então, que após lavrar um auto de infração, fechou o bloquinho de multa e deixou por isso mesmo? Olha, gente, é gravíssima a situação. A prefeitura somente ontem, após o acidente, anunciou que vai intervir na linha. Por que não o fez antes? E, neste caso, a responsabilidade não é apenas da empresa, não. É de quem concede o serviço e tem a obrigação de fiscalizar, tomar providências que, neste episódio, se limitaram a reprovar o veículo.
Veículo lotado
Segundo relato de testemunhas, a habilidade do motorista salvou a vida dos passageiros. Pelos vídeos gravados no momento do acidente o ônibus descia a rua em alta velocidade, possivelmente, com falha nos freios. E o motorista, então, teria ‘parado’ o veículo usando o muro de uma casa como obstáculo. Segundo o Corpo de Bombeiros, aproximadamente 40 pessoas estavam dentro do coletivo, duas vítimas foram atendidas por eles e encaminhadas para o Hospital Santa Teresa com ferimentos moderados e duas foram atendidas pelo Samu.
Heróis da resistência
O usuário do transporte coletivo sofre muito em Petrópolis sem ônibus, horários, veículos lotados, ficando a pé toda hora. Agora, na boa? Não existe um rodoviário que esteja com o psicológico em dia nesta cidade.
Contagem
E Petrópolis está há 183 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Ai, ai
E a CPTrans anunciou com pompa que vai reorganizar a Rua Pinto Ferreira, aquela do Monte Líbano, no Centro, que não tem nem 100 metros. Dizem eles que é para atender a demanda de moradores, comerciantes e taxistas. Do jeito que anunciaram parece até que vai resolver todo o trânsito da cidade…
E estamos na lista!
O Brasil encerrou o ano de 2022 com 8.600 obras paralisadas, de um total de 21 mil projetos. É o que mostra análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Os dados se referem somente a empreendimentos custeados pelo governo federal. Das obras paralisadas, 2.688 fazem parte das duas primeiras versões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E advinha? Petrópolis não concluiu obras do PAC, valor de R$ 60 milhões, justamente para contenção de encostas, convênio firmado em 2013.
Deixa por isso mesmo…
E um veículo de circulação nacional publicou na coluna de um famoso jornalista sobre a ‘Cracolândia de Petrópolis’ que funcionaria na Praça da Liberdade. Segundo a nota, a concentração de dependentes químicos e traficantes começa no fim da tarde e se estende até a madrugada, com consumo de maconha e cocaína e que reúne cerca de 80 pessoas por dia. Matreiramente, a nota fala que o local é cartão-postal da cidade reforçando assim a falta de importância do poder público com a coisa. Que vire e mexe tem alguém com um bagulho ali é mais velho que andar pra frente. Mas, cracolândia? Pior é o silêncio que se seguiu de nossas autoridades…
Desapega!
Amanhã e domingo, 10h às 18h, a Comunidade Luterana em Petrópolis, na Avenida Ipiranga, 244, Centro, abrirá suas portas para a quinta edição da Feira do Desapego. Neste mês, a novidade é a participação da APPO – Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos, que se torna a primeira instituição de assistência social a se juntar ao evento. A Feira do Desapego contará com mais de 20 expositores e é tanto sucesso que ela tem uma lista de espera com mais de 80 expositores da cidade.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br