• Prefeitura interdita mais nove casas na Rua Uruguai

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 19/01/2017 08:20

    Dois meses após o desmoronamento de duas toneladas de rochas na Rua Uruguai, no Quitandinha, deixando dois mortos, a Defesa Civil e o Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM), determinaram a interdição de mais nove imóveis na região. A decisão foi tomada após estudos que apontaram uma área maior com risco elevado de novos rolamentos de rochas. Agentes da Defesa Civil, ao lado do secretário Paulo Renato Vaz, visitaram as famílias que moram no local, com o objetivo de explicar os motivos das novas interdições e conscientizar os moradores dos riscos da região.

    “Seguimos agindo para que não sejam perdidas mais vidas”, explicou o secretário Paulo Renato Vaz. “Essa é mais uma medida de prevenção da Defesa Civil. O risco de novos deslizamentos de pedras existe e o Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro acha prudente as novas interdições. Estamos trabalhando pensando na segurança da população da região”, disse. 

    As obras na Rua Uruguai prosseguem. No momento, operários da empresa Erwil, responsável pelo trabalho, finalizam a construção de um “dique” de contenção, que funciona como um grande bolsão, formado por uma barreira de pedras, capaz de amortecer pedras que venham a se deslocar do   grande maciço rochoso existente no local.

    Assim que o trabalho for concluído, a rua será limpa e liberada para passagem. Esta etapa está sendo custeada pelo Governo Federal, que liberou R$ 907.299,38 ao município.  “Não vamos deixar os moradores da Rua Uruguai desamparados”, afirmou Paulo Renato. Existia um receio por parte deles se as obras iriam continuar, mas já deixamos claro que os trabalhos seguem normalmente. Nossa gestão, inclusive, fez o pagamento da primeira parcela para garantir a continuidade dos trabalhos. Queremos acalmar a população e mostrar que está tudo sendo feito para atender da melhor maneira os moradores”, disse.

    Na região, ninguém esquece o que aconteceu. Mais de duas toneladas de rochas caíram de uma altura de 200 metros, destruindo três casas e deixando dois mortos. “Tremeu tudo! Nós pensamos que era um avião caindo ou então um terremoto”, lembrou o morador José Francisco da Silva. Valdemar dos Santos Guiomar, que mora na rua há 53 anos, fala com pesar dos amigos que perdeu na tragédia e dos que por pouco não foram atingidos – por estarem em outros cômodos ou estarem fora de casa naquela noite. “Não dá para esquecer”, disse..  

    Últimas