• Prefeitura garante abastecimento de estoque com produtos indispensáveis para o combate ao Covid-19

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  • 25/04/2020 11:13

    A Prefeitura de Petrópolis informou que, nesta semana, a pasta recebeu reforço de mais de doze tipos de produtos indispensáveis para o atendimento das unidades públicas durante a pandemia. 

    “Em março, quando montamos o gabinete de crise conseguimos organizar a chegada de EPIs. Ao contrário de muitos municípios e capitais, Petrópolis se adiantou e garantiu a proteção aos profissionais de saúde e um atendimento de referência para a população. São equipamentos de proteção que não podem faltar e conseguimos, garantir o estoque desses produtos para a nossa rede de atendimento”, disse o prefeito Bernardo Rossi

    Segundo informações da Prefeitura, nessa semana chegaram no depósito da saúde os produtos: 74 mil máscaras, 270 mil luvas, 29 mil sacos de lixo hospitalar de 100 litros, 4 mil sacos de 20 litros de lixo hospitalar, 3 mil galões de 5 litros de sabão líquido, 20 mil fardos e papel toalha, 2828 aventais cirúrgicos, 6 mil aventais brancos (descartáveis) para atendimento na Atenção básica, 3096 unidades de álcool em gel para superfícies, 4 mil gorros femininos, 2 mil galões de álcool em gel 70% de 5 litros, 40 mil sacos de lixo comum de 100 litros, 540 frascos de gel para contato ultrassônico, além de escalpes. 

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    “Quero tranquilizar a população. Estamos abastecidos porque nos organizamos para isso. Tudo está sendo feito dentro da legalidade, continuaremos trabalhando e fazendo o possível para que não falte nada no nosso município”, acrescentou o prefeito Bernardo Rossi.

    A segurança dos profissionais da saúde foi destacada pela secretária de Saúde, Fabiola Heck. “Importante lembrar que a precisamos dar segurança para os profissionais da saúde trabalharem. Eles precisam ter certeza que atenderão as pessoas com os equipamentos necessários. Encontramos dificuldades em comprar insumos no início, mas, conseguimos, seguindo os trâmites normais diante da situação, adquirir os produtos necessários para atendimento da população. Estão todos trabalhando com muita responsabilidade e nós, gestores, fornecendo os equipamentos e produtos quando são solicitados”, explicou Fabíola Heck.

     

    CPI para investigação de superfaturamento 

     

    Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) poderá ser aberta pela Câmara dos Vereadores para investigar se há superfaturamento nas compras realizadas sem licitação pela Prefeitura. A solicitação para que se instaure o processo foi protocolada na última quarta-feira (22) pelos vereadores Jamil Sabrá (PSC) e Gilda Beatriz (PSD). O documento, que recebeu assinatura de outros quatro parlamentares, segue para as mãos do presidente da casa, Hingo Hammes, conforme procedimento legislativo. A CPI é embasada em uma série de denúncias sobre valores de insumos para o combate ao Covid-19 muito acima dos preços praticados no mercado. A Prefeitura de Petrópolis nega qualquer irregularidade.

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    Na última terça (21), Jamil Sabrá já havia denunciado o suposto esquema de compra de insumos hospitalares após uma série de informações sobre a disparidade entre os preços praticados chegarem ao seu gabinete. “O primeiro indício deste problema chegou com a compra de álcool em gel 70%. Em uma das aquisições sem licitação, por 800 ml do produto, o governo pagou R$ 37,20. Então, contatamos a mesma empresa, que fica em Itaipava, terceiro distrito de Petrópolis, e perguntamos quanto custaria a embalagem e eles disseram que a de 500 ml era R$ 10. Foi ali que acendeu o sinal de alerta para um problema”, explica o vereador, destacando que, proporcionalmente, 800 ml custaria R$ 16, ou seja, ao comprar 2.500 unidades, o custo deveria ser de R$ 40 mil e não de R$ 93 mil.

    Em nota, a Prefeitura esclarece que não há irregularidades na compra dos produtos essenciais, “A Prefeitura de Petrópolis esclarece que está aberta a todo e qualquer órgão de fiscalização com total transparência, o que facilita, inclusive, a comprovação de que todos os processos licitatórios estão corretos e dentro da legalidade. A Prefeitura enfatiza que não realizou nenhum tipo de superfaturamento nas compras relacionadas ao combate do coronavírus no município. Diante do quadro apresentado pela evolução da doença dentro da cidade, e na determinação de que a população precisa estar assistida contra esse vetor, o governo municipal realizou compras emergenciais de insumos e materiais de primeira necessidade para atender os pacientes, equipes médicas e profissionais de saúde que atuam na linha de frente ao combate a Covid-19. Essa modalidade de compra emergencial, respaldada pela Lei Federal 13.979/2020, sancionada em fevereiro deste ano pela atual presidência da República, acontece especificamente para casos onde não se pode aguardar o trâmite normal de uma licitação, como, por exemplo, a compra de respiradores para atender pacientes em casos mais graves da doença.”

    O prefeito Bernardo Rossi publicou um vídeo em suas redes sociais classificando como “má fé” os comentários de políticos sobre os preços praticados nas dispensas de licitações para a aquisição de material.

     

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