• Prefeitura fecha escola em Pedro do Rio depois de interdição da Defesa Civil

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  • 13/12/2018 09:00

    Os 364 alunos da Escola Municipal Nilo Peçanha, no distrito de Pedro do Rio, vão iniciar o ano letivo de 2019 em uma nova unidade. Alunos de outras três escolas municipais podem ter o mesmo destino por causa da necessidade de obras estruturais e da falta de segurança nas unidades. Após vistoria da Defensoria Pública, foram recomendadas obras no Centro de Educação Infantil São Francisco de Assis, no Alto da Derrubada, no Moinho Preto, e no Centro de Educação Infantil Comac, no Centro, assim como o fechamento imediato da Escola Municipal São Cristóvão, na Praça Pasteur. 

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    “No caso da Nilo Peçanha, o prazo concedido era o fim das provas para que os alunos fossem transferidos, isso porque o medo era a chegada das chuvas, já que o prédio apresenta muitas rachaduras. A situação é grave e o risco iminente”, declarou a defensora pública, dra. Marília Gonçalves Pimenta, explicando que o principal objetivo das vistorias é verificar se os prédios possuem condições de segurança para receber os alunos. 

    O prédio foi interditado pela Defesa Civil (DC) e a Prefeitura decidiu pelo fechamento do colégio. O anúncio foi feito pela Secretaria de Educação na última segunda-feira (10), em reunião com os pais e responsáveis e, na manhã de ontem (12), os estudantes conheceram as dependências da nova escola – a Monsenhor João de Deus Rodrigues – também em Pedro do Rio.

    "Tínhamos tantos planos para o ano que vem. Já estávamos planejando projetos pedagógicos para trabalhar com as crianças", disse emocionada uma funcionária da escola. Ela contou que não foram avisados pela Secretaria de Educação sobre o fechamento da unidade. "Fomos pegos de surpresa. Foi um choque para todo mundo. O que queríamos era que a escola fosse reformada para oferecer um ambiente mais seguro para os alunos. Não imaginávamos que a decisão da Prefeitura fosse de fechar", comentou.

    Problema se arrasta há sete anos

    A escola foi fundada em 1941 e o prédio de dois andares conta com oito salas de aula, pátio, refeitório, banheiros e o espaço da direção. Em 2011, após as chuvas de janeiro, uma sala teve que ser interditada pela Defesa Civil depois de apresentar afundamento do piso. O imóvel, que fica às margens do rio, também apresenta rachaduras e infiltrações.

    "Com a chuva, o rio encheu e a força da correnteza descavou a terra por baixo da escola. Com o tempo percebemos que houve esse afundamento. Desde então, estamos pedindo que as obras de contenção fossem realizadas para evitar um desabamento, mas as intervenções nunca aconteceram", lamentou outra funcionária.

    Em nota, a Prefeitura informou que o fechamento da escola é uma medida preventiva e que foi acompanhada pela Defensoria Pública. O município disse ainda que uma equipe técnica vai realizar uma vistoria no espaço para avaliar o que pode e deve ser feito para garantir a revitalização e que nessa semana funcionários do setor de Patrimônio da Secretaria de Educação continuarão fazendo levantamento dos bens públicos que estão no prédio e direcionando a mudança dos móveis para o novo endereço, a Escola Municipal Monsenhor João de Deus Rodrigues.

    A decisão de fechar a escola dividiu opiniões. Alguns pais aprovaram e outros acreditam que o ideal seria reformar o prédio e manter os alunos. "Já foi difícil para o meu filho se adaptar, este ano ele estava conseguindo estudar e ficar bem no colégio. Agora, ano que vem, vai ser uma nova luta para ele. A nova escola é bem maior e ele é pequeno. Não aprovei essa decisão", disse Rafaela Andrade, de 27 anos. Além do filho, de cinco anos, ela também tem uma menina, de nove anos, que também estudava na Nilo Peçanha. Já Cristiane Silva Cordeiro, de 36 anos, aprovou a mudança e ontem conheceu a nova escola junto com a filha, de oito anos. "O colégio tem uma estrutura melhor e mais opções para as crianças como informática. Acho que vai ser bom", disse.

    A Escola Municipal Monsenhor João de Deus Rodrigues fica às margens da BR-040 e conta com mais de 700 alunos do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Todos os alunos da Nilo Peçanha estudarão no turno de tarde, e de acordo com a Prefeitura não haverá alteração no uniforme e haverá transporte para os estudantes. O ano letivo da rede municipal começa no dia quatro de fevereiro do ano que vem.

    “Verificamos que a escola possuía espaço e condições para receber as crianças”, afirmou a defensora pública, Marília Pimenta, explicando que outras três unidades escolares municipais receberam recomendações da Defensoria. Tanto o Cei São Francisco de Assis, como o Cei Comac dependem da realização de obras para que a volta às aulas em 2019 seja garantida. Para atender os alunos da Escola Municipal São Cristóvão, que fica na Praça Pasteur, a recomendação é que a Prefeitura alugue um novo imóvel, já que o prédio não possui janelas suficientes e a cozinha é muito pequena. 

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