• Prefeitura estima R$ 500 milhões para reconstrução

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  • 22/03/2022 03:45

    Ainda com cicatrizes do período mais duro da pandemia, a economia da cidade, ao contrário de outros municípios do país que iniciaram processo de retomada neste início de ano, sofreu fortes perdas em 15 de fevereiro.  O que era para ser um período mais alegre e produtivo voltou a ficar cinza de novo. Foram registradas perdas humanas, irrecuperáveis, mas também materiais. Houve um sopro de esperança depois da tragédia,  com lojas do Centro, por exemplo, abrindo do jeito que puderam, com mobiliário pouco e estoques pequenos. Dava dó de ver alguns estabelecimentos lutando para ficarem abertos, mesmo com prateleiras vazias nos últimos dias. Esse cenário a gente projeta para os demais setores da economia, todos igualmente afetados, ainda que muitos não diretamente.

    Até quando?

    Essa segunda enchente com pouco mais de um mês de intervalo destruiu o pouco que havia sido recuperado. As lojas, mais uma vez, estão cobertas de lama e os estoques e mobiliário destruídos. As imagens de Petrópolis debaixo d’água – não apenas no Centro Histórico – repercutem em todo o país e afetam, como de outras vezes, demais setores produtivos.  A gente ainda tem mais ‘águas de março’ até o final do mês e, até mesmo, ultrapassando a barreira de abril. A pergunta que fazemos é: a gente aguenta mais uma enchente, mais luto e mais prejuízo?

    R$ 500 milhões para reconstruir

    O prefeito Rubens Bomtempo tem dito que recuperar a cidade no patamar de antes da tragédia do dia 15 de fevereiro pode consumir até R$ 500 milhões.  De grosso a gente tem R$ 200 milhões em obras que o Estado assumiu e R$ 30 milhões da Alerj. O governo federal, por enquanto, mandou pouco mais de R$ 6 milhões emergenciais e vai esperar projetos executivos para pensar em liberar mais verbas.

    Essa, não!

    A prefeitura contabiliza R$ 8 milhões recebidos do governo federal para socorro à cidade pela tragédia. Já o governo diz que foram R$ 6 milhões. Mas, daqui a pouco eles se acertam nesta conta. O inusitado é o prefeito Rubens Bomtempo anunciar, mesmo após a nova chuva do dia 20, que pretende devolver R$ 1,6 milhão porque já chegaram muitas doações de colchonetes, cestas básicas, kits de higiene pessoal e de limpeza. Mas, gente… Não tem como usar em outras coisas?

    A Praça da Águia em dois momentos: na homenagem às vítimas da tragédia, registro de Henry Kappaun e, neste domingo, em foto de redes sociais, com as cruzes boiando em novo temporal.

    Só pra registrar

    Lembra que dia 24 de fevereiro o governo do Estado anunciou que em 20 dias a ligação Bingen-Quitandinha estaria pronta? Então. Já acabou o prazo.

    Ainda as roupas

    Uma nova enchente, mais uma tragédia, mas a gente ainda quer voltar em um assunto da anterior: as roupas largadas na praça do Alto da Serra que precisou de a justiça definir que a prefeitura deveria incinerar depois de um mês jogadas ao relento com ratos e barata transitando lá.

    Explica melhor

    A gente não entendeu foi a parte de vídeos nas redes sociais mostrando pessoas que queriam ficar responsáveis pelas roupas e que elas seriam vendidas por R$ 8 mil. Como é esse lance de vender o que foi doado?

    Trote solidário

    O Hospital Santa Teresa está convocando os calouros que estão ingressando nas faculdades e universidades da cidade para o ‘trote solidário’ e fazer doações. Com o tema “Trote legal é salvar vidas”, a campanha segue até 31 de março.

    Mas, de novo?

    Se foi dado alerta de chuva forte para domingo ainda na sexta-feira, porque não houve um protocolo de fechamento de vias que inundam, além da Coronel Veiga, como Rua do Imperador e os acessos a essas ruas? De novo pessoas foram resgatadas de dentro de carros ou nas ruas como um motoboy preso na ponte em frente ao Museu.

    Fala sério!

    A CPTrans bateu no peito e anunciou (antes da nova enchente): 53 linhas estão com horários iguais ou maiores do período de pandemia. Puxa, num primeiro momento a gente até comemorou, mas passada a euforia fomos lá pesquisar o que isso representa na prática. Considerando que a cidade tem 226 linhas, essas 53, que não fazem mais do que obrigação estarem operando conforme manda o contrato, representam… menos de 25% da operação diária.

    Na sexta-feira, moradores da Luiz Pelegrini, na Estrada da Saudade, também interromperam a via para chamar a atenção das autoridades sobre a precariedade o transporte. Já é a sexta comunidade a se manifestar nos últimos dias.

    No PSC

    Se o PSDB não fechar em torno da candidatura de Claudio Castro, Max Lemos, secretário estadual de Infraestrutura vai embarcar no PSC. Logo, seu afilhado, Bernardo Rossi, vai junto.   Decisão de Max sai hoje

    Contato com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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