Prefeitura do Rio desmobiliza Hospital de Campanha do Riocentro
O Hospital de Campanha do Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, está em processo de desmobilização pela nova gestão municipal, e todos os pacientes já foram transferidos para outras unidades de saúde.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), serão abertos 343 novos leitos para o tratamento da covid-19, sendo 193 na rede pública e 150 na rede privada, que serão contratados a partir de chamamento já publicado no Diário Oficial.
“Até o momento, já foram abertos 80 leitos no Hospital Municipal Ronaldo Gazollla e 20 no Hospital Municipal Souza Aguiar”, informou a secretaria. Os equipamentos instalados e os profissionais que atendiam no Riocentro serão remanejados para outras unidades municipais e federais.
De acordo com a Secretaria de Saúde, especialistas são contrários ao atendimento de alta complexidade em hospitais temporários e há leitos na cidade inativos por falta de pessoal.
“Por todo o ano de 2020, a maioria dos especialistas em saúde recomendou não abrir hospitais de campanha temporários para alta complexidade. A cidade do Rio de Janeiro tem atualmente 2.200 leitos desativados por falta de profissionais em unidades já existentes das redes municipal e federal”.
A secretaria disse que irá “atender as recomendações técnicas” e investir em leitos nos hospitais de referência, o que, segundo estima, vai reduzir os custos.
“A estimativa é que sejam economizados R$ 250 mil por dia com a abertura dos mesmos leitos no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla. A diária no Hospital de Campanha do Riocentro custa em torno de R$ 12.500, bem acima da média até mesmo de hospitais particulares”.
O Hospital de Campanha do Riocentro foi aberto pela prefeitura do Rio de Janeiro no dia 1º de maio de 2020, momento em que a cidade via o crescimento acelerado de casos da covid-19, com 20 leitos de UTI e 80 de enfermaria. Durante a operação, o local chegou a ter 400 leitos de enfermaria e 100 de UTI.
Ainda em julho, foram desmobilizados 200 leitos do Hospital de Campanha do Riocentro.
A secretaria não informou quantos pacientes foram atendidos no local desde a inauguração.