• Prefeitura apresenta plano para reduzir fila de cirurgia ortopédica

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  • Em março, 295 pacientes aguardavam por procedimento, com espera desde 2023

    02/maio 08:31
    Por Wellington Daniel | Foto: Divulgação

    A Prefeitura de Petrópolis apresentou à Justiça, na última terça-feira (29), um plano para reduzir a fila de espera por cirurgias ortopédicas no Hospital Santa Teresa (HST). Segundo dados do próprio Governo Municipal, em março havia 295 pessoas aguardando pelo procedimento, algumas desde 2023. A meta é executar o planejamento em até 12 meses após a homologação do acordo que prevê a renovação do convênio com a unidade de saúde.

    O planejamento foi protocolado em uma ação movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Inicialmente, o processo tratava da demora na realização dos procedimentos, mas passou a abordar também o encerramento do convênio entre o HST e a Prefeitura. Com a proposta de renovação do contrato, o debate sobre medidas para redução da fila foi retomado.

    “Logo que assumimos, encontramos uma fila de pacientes aguardando por cirurgias ortopédicas. Além da renovação do convênio com o Hospital Santa Teresa, foi apresentado um plano para reduzir essa fila, seguindo um critério de prioridades, com aumento da oferta de cirurgias por mês. Nosso objetivo é zerar essa fila em breve”, explicou à Tribuna o Secretário de Saúde, Luís Cruzick.

    Uma resolução será publicada pelo Governo do Estado e definirá as regras para aplicação dos repasses de R$ 69,6 milhões destinados a três unidades de saúde em Petrópolis, entre elas, o Hospital Santa Teresa. Com isso, será possível definir o aumento da oferta de cirurgias ortopédicas.

    “Adiantamos que iniciamos as negociações para aumento das cirurgias ortopédicas, tendo em vista que a atual oferta não tem atendido à demanda em tempo adequado. Mas, todas as negociações dependem do texto da resolução que ainda não foi publicada”, explicou o município à Justiça.

    Espera e impacto funcional regrarão as prioridades

    De acordo com o plano apresentado, os critérios para priorização incluem o tempo de espera e o impacto funcional da condição ortopédica. Terão preferência os pacientes que aguardam há mais tempo e apresentam limitações graves para realizar atividades essenciais, como andar, trabalhar ou realizar tarefas básicas de autocuidado. Nessas situações, a espera superior a seis meses aumenta a pontuação e a chance de ser atendido mais rapidamente.

    Por outro lado, pacientes com impacto funcional moderado e que aguardam há menos de três meses receberão pontuação menor na classificação de prioridade. São casos em que as limitações podem ser controladas por um período com tratamentos conservadores, ainda que a cirurgia permaneça necessária.

    “Dentre as prioridades relativas ao impacto funcional, os pacientes serão operados pela ordem de entrada na fila, condições clínicas e disponibilidade de condições pré-operatórias”, explica o documento.

    Outras medidas

    O plano prevê reavaliações contínuas, permitindo ajustes conforme a evolução dos pacientes e a disponibilidade de leitos e equipes. Também está prevista a comunicação ativa com os pacientes sobre a situação da cirurgia e as estimativas de tempo de espera.

    O desempenho do planejamento será monitorado trimestralmente, inclusive com avaliações feitas pelos próprios pacientes. Com isso, o plano poderá ser revisado e ajustado conforme necessário.

    “Este plano deve ser flexível para se adaptar às mudanças nas condições clínicas e operacionais. O equilíbrio entre a gravidade clínica dos pacientes e o tempo de espera é crucial para garantir que todos os pacientes recebam a atenção adequada no momento certo”, conclui o documento.

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