• Prefeito decreta estado de emergência: 582 ocorrências

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 20/01/2016 06:00

    O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, decretou ontem estado de emergência no município. Com isso, será possível solicitar recursos dos governos Estadual e Federal para ajudar na recuperação da cidade, após as ocorrências geradas pelas chuvas na última semana. Ao todo, foram registradas 582 ocorrências em um raio de 300km², que vai do Retiro até a divisa da cidade com Areal e São José do Vale do Rio Preto (SJVRP). Ontem, o prefeito, o procurador do município Marcus São Thiago e o Secretário de Defesa Civil Rafael Simão apresentaram, durante a Reunião do Comitê de Ações Emergenciais, o balanço das últimas 96h em todo o território municipal: são mais de 500 barreiras entre pequenas e grandes que ainda não foram retiradas e 273 pessoas desalojadas, o que corresponde a 78 famílias. Além disso, 65 casas foram interditadas. Além de decretar estado de emergência, que permite atender as comunidades de maneira mais rápida, Rubens disse que vai solicitar o benefício do aluguel social ao Governo do Estado, para as famílias que tiveram danos irreparáveis, ou seja, perderam suas casas e pertences. O prefeito informou ainda que depositou R$ 140 mil no Fundo de Assistência Social para atender de forma imediata as famílias. O dinheiro será utilizado na compra de colchonetes, utensílios, água, cestas básicas, material de limpeza e higiene pessoal. Segundo o procurador, o decreto de emergência é um instrumento importante, porque cria condições para requisitar bens e serviços, além de agilidade administrativa. “É uma maneira de chamar a atenção para o que está acontecendo”, declarou Marcus. As regiões mais afetadas pelas enchentes e deslizamentos foram as dos 3º, 4º e 5º distritos (Itaipava, Pedro do Rio e Posse). A maior parte das ocorrências foi registrada em Corrêas, foram 167, o que representa 29% do montante. Em seguida aparece a região da Fazenda Inglesa, em Petrópolis, com 158, o que corresponde a 27%. Em Itaipava, foram 134 – 23%. Já em Secretário, Pedro do Rio e Fagundes, 87 – 15% e, na Posse, 36 – 6%. Simão destacou que, apesar do número de ocorrências no 3º e 5º distritos ser menor, os casos foram mais graves. Desde sexta-feira, quando a chuva começou a causar deslizamentos e alagamentos na cidade, o prefeito deslocou toda a equipe para a subprefeitura em Itaipava. Segundo o secretário de Defesa Civil, as ocorrências foram ocasionadas por causa da Zona do Atlântico Sul, um fenômeno meteorológico que geralmente causa instabilidade. “A chuva constante fez com que o solo encharcasse, absorvendo toda a água e ficando pesado. Isso provocou enxurradas e escorregamentos. É um evento que foge da normalidade e exige uma força de trabalho muito grande”, finalizou.

    Últimas