• Prédio com risco em Praia Grande: o que será feito para estabilizar imóvel?

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  • 15/fev 11:20
    Por José Maria Tomazela / Estadão

    A prefeitura de Praia Grande informou que estão sendo instaladas duas mil escoras metálicas junto aos três pilares danificados no edifício Giovannina Sarane Galavotti. Segundo o município do litoral paulista, com as escoras já instaladas, o prédio de 19 andares e 23 pavimentos está estabilizado, permitindo que a empresa realize obras definitivas de reforço estrutural na edificação. O imóvel está totalmente interditado desde a terça-feira, 13.

    O escoramento visa a reduzir ao máximo a carga estrutural dos pilares que sofreram o cisalhamento – termo técnico pelo qual é conhecida a deformação de pilares devido à carga sobre eles.

    A partir desta quinta-feira, 15, a construtora enviará para a prefeitura o projeto de recuperação definitiva das estruturas danificadas, além do laudo de condição da obra. Assim que for entregue, a documentação será analisada pelo corpo técnico da prefeitura e da Defesa Civil.

    “Estando tudo de acordo, a obra de recuperação poderá ser iniciada, fator determinante para um possível retorno dos moradores ao edifício. Mas é importante ressaltar que, no momento, não existe uma data ou prazo determinado para isso”, disse, em nota.

    A prefeitura informou ainda que o edifício está sendo constantemente monitorado e, nesta quarta, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-SP) vistoriaram o local. O edifício conta com 23 pavimentos e tem 133 apartamentos distribuídos em 19 andares residenciais. O prédio fica a 50 metros da praia, no bairro da Aviação, em Praia Grande.

    A Construtora JR, responsável pelo edifício, disse que deslocou engenheiros para verificar o problema e que as providências estão em andamento.

    ‘Pensei em terremoto’

    O prédio estava ocupado por 230 moradores fixos e algumas dezenas de visitantes ou inquilinos de veraneio. Por volta das 14h dessa terça, eles perceberam trincas nas janelas.

    A técnica de enfermagem Larissa Ribeiro tinha acabado de colocar o carro na garagem do edifício, quando ouviu um estouro. “Parecia estouro de pneu, mas senti que o pavimento tremeu. Pensei em terremoto, manobrei o carro e saí. Quando estacionei na rua, os moradores já estavam deixando o prédio.” Ele passava o carnaval no apartamento de uma prima.

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