• Preços de commodities seguem em alta e BC olha impacto na inflação, diz Campos Neto

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  • 09/11/2023 12:55
    Por Aline Bronzati (correspondente) e Célia Froufe / Estadão

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que os preços das commodities seguem em alta e que a autoridade monetária monitora o efeito do conflito entre Israel e o grupo Hamas na inflação. “Temos a situação na Ucrânia, de Israel, e como os preços serão impactados?”, questionou ele durante o evento Reuters Next, realizado em Nova York.

    Conforme Campos Neto, o BC monitora como as commodities estão sendo afetadas e como isso pode se refletir na sua visão.

    Ele afirmou ainda que os preços dos alimentos estão se reduzindo no Brasil, que é um grande produtor agrícola.

    Na sua visão, é difícil traçar um paralelo entre as crises atuais, mencionando os conflitos existentes, e a da covid-19.

    “Por ser uma potência agrícola, o Brasil é uma história de segurança”, acrescentou Campos Neto.

    Mercado de carbono

    O presidente do Banco Central afirmou ainda que o Brasil será um dos maiores vendedores no mercado de carbono, enquanto outros países serão compradores. Segundo ele, o País tem se debruçado neste segmento, com a criação de uma taxonomia, ou seja, um padrão ecológico para os ativos, e ainda em instrumentos para que os recursos possam ser melhor alocados.

    “O que temos de fazer é ter uma taxonomia, porque é muito difícil você ter um mercado de carbono se você não tem um conjunto de regras”, avaliou Campos Neto.

    Ele disse que é necessário estimular as empresas a encontrar caminhos para construir o mercado de carbono no País. “No fim do dia, o Brasil será um grande vendedor do mercado de carbono e muitos outros países serão compradores”, projetou o banqueiro central.

    Monetizar florestas nativas

    Para Campos Neto, também é necessário estar aberto a monetizar florestas nativas, considerando os vários métodos existentes atualmente.

    “Se conseguirmos preservar e monetizar, teremos um ótimo futuro em termos de mercado de carbono no Brasil”, finalizou ele, que cumpre uma agenda nos Estados Unidos, o que inclui participações em diferentes eventos e conversas com investidores estrangeiros.

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