• Preço alto dos produtos afeta a compra dos petropolitanos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 10/07/2016 08:00

    A ida aos supermercados tem sido uma tarefa árdua para os consumidores, obrigados a fazer pesquisas com objetivo de escolher o melhor preço e neste momento de alta dos preços, muitas pessoas não se preocupam muito com a qualidade. Depois do anúncio de que o feijão estava caro, Petrópolis, em 15 dias, a marca Combrasil está sendo vendido por cerca de R$ 8. No entanto, se o consumidor pesquisar pode encontrar o produto por R$ 4,85. 

    Em junho, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 26 das 27 capitais do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As maiores altas ocorreram em Florianópolis (10,13%), Goiânia (9,40%), Aracaju (9,25%) e Porto Velho (8,15%). A única diminuição aconteceu em Manaus, -0,54%.

    Com base na cesta mais cara, que em junho foi a de São Paulo, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.940,24, segundo o Dieese, o que representa 4,48 vezes mais do que o mínimo atual de R$ 880. Em maio, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso vigente.

    Em junho, três alimentos tiveram aumento em todas as capitais: feijão, leite e manteiga. Houve predominância de alta no café em pó, arroz e batata, pesquisada na região Centro-Sul. Já o óleo de soja e o tomate tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades.

    O feijão seguiu em alta, com variações positivas em todas as capitais. As taxas verificadas para o tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, foram expressivas: variaram entre 16,48%, em Macapá, e 106,96%, em Aracaju. O feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, aumentou um pouco menos: 12,92%, em Curitiba, 13,83%, em Porto Alegre, 20,54%, no Rio de Janeiro, 25,72%, em Vitória e 29,72%, em Florianópolis.

    O clima influenciou na qualidade do grão e, com isso, o preço no varejo subiu desde o início do ano. A cultura do feijão também perdeu espaço para a soja e houve diminuição da área plantada. Em junho, os aumentos foram maiores e o Brasil passou a importar feijão na tentativa de suprir a demanda. No entanto, quase nenhum outro país produz feijão carioquinha. Por fim, a safra irrigada, que começa em julho, pode começar a normalizar a oferta.

    O valor do leite aumentou em todas as cidades, devido ao período de entressafra e aos altos custos de produção. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (26,54%), Porto Alegre (19,05%), Campo Grande (15,95%), Palmas (15,23%) e Curitiba (15,19%). As menores taxas foram observadas em Aracaju (0,27%), Manaus (0,30%), Belém (0,43%) e Boa Vista (0,79%).

    O preço da manteiga também subiu em todas as capitais, com destaque para Campo Grande (23,90%), Macapá (22,64%) e Goiânia (17,52%). As indústrias de laticínios disputaram o pouco leite ofertado no mercado, o que elevou ainda mais o preço dos derivados lácteos.

    O preço da batata seguiu em alta em 10 das 11 cidades do Centro-Sul, onde o produto é pesquisado. As variações oscilaram entre 5,22%, em Brasília,  e 49,04%, em Florianópolis. A única redução foi observada em Cuiabá (-3,98%). O clima segue diminuindo a produtividade das colheitas da batata, o que manteve a trajetória altista verificada nos últimos meses. O valor do arroz aumentou em 23 cidades, com destaque para Porto Velho (10,46%) e Rio Branco (9,94%); ficou estável em Florianópolis e Recife e; diminuiu em Salvador (-1,95%) e Manaus (-1,04%). 

    A baixa oferta foi ocasionada pela redução da produção, retenção dos estoques por parte dos orizicultores, com o objetivo de elevar o preço, e pela demanda firme das indústrias produtoras de arroz, o que resultou na alta do preço do quilo no varejo. O café em pó teve o preço elevado em 23 capitais, com variações entre 0,69%, em Belém e 5,24%, em Maceió. As reduções foram registradas em Belo Horizonte (-1,39%), Brasília (-0,59%), Goiânia (-0,52%) e Palmas (-0,19%). Clima desfavorável, diminuição da produtividade e negociações lentas no mercado de café elevaram o preço do pó no varejo.

    O preço do óleo de soja diminuiu em 23 cidades, com retrações que variaram entre -6,28%, em Florianópolis, e -0,28%, em Vitória. O valor ficou estável em São Paulo e aumentou em Belém (0,23%), Salvador (0,83%) e Rio Branco (3,13%). A valorização do real diante do dólar e as chuvas que beneficiaram a colheita de soja reduziram o valor do grão no mercado interno.

    O tomate teve o valor reduzido em 23 cidades. As maiores quedas foram registradas em Salvador (-26,01%) e João Pessoa (-24,31%). Já as altas foram observadas em Porto Alegre (14,85%), Florianópolis (14,41%), Rio Branco (1,43%) e

    Campo Grande (1,33%). Demanda retraída, grande quantidade ofertada e frutos manchados pelo clima reduziram o preço do tomate.

    Últimas