• Prates: Marcos Rogério sugeriu criar órgão nacional de enfrentamento a pandemia

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  • 11/03/2021 14:55
    Por Amanda Pupo / Estadão

    Diante da pressão de senadores para que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instale uma CPI da Saúde, o vice-líder do governo no Congresso, senador Marcos Rogério (DEM-RO), sugeriu em reunião de líderes que seja criado um comitê nacional de enfrentamento a pandemia. O órgão poderia reunir setores do mercado, governos locais, Executivo federal e o Congresso para discutir um alinhamento de diretrizes no combate ao vírus.

    A sugestão de Marcos Rogério foi comentada pelo líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), em coletiva à imprensa. Prates disse que não há definição sobre um eventual comitê, que ele próprio considera uma boa ideia, além da CPI. Para o líder da minoria, no entanto, a formação de um órgão nacional transparece uma procura de aliados do governo por uma “alternativa” a comissão parlamentar de inquérito.

    “Não houve deliberação a respeito, mas me pareceu ideia interessante, além da CPI”, disse. Segundo Prates, Marcos Rogério já teria conversado com o governo sobre a ideia.

    O líder da minoria afirmou que Pacheco vem “empurrando” a resolução sobre a CPI cobrada pelos senadores, agora para a próxima semana. “Ele empurrou adiante, agora empurrou para semana”, disse Prates, que ressaltou, por sua vez, não haver data marcada para essa deliberação. O senador ressaltou que não é prerrogativa do presidente do Senado decidir sozinho sobre esse assunto.

    “Presidente reconhece que há pressão para ter CPI, de ter mais uma forma de trazer soluções para o que passamos, mas questiona se CPI é de ato eficaz, ou se vai trazer mais confusão. Pacheco nos colocou isso: vocês acham que ajuda mais ou atrapalha mais? Ele deixou isso no ar”, comentou Prates a conversa na reunião de líderes.

    Para o líder da minoria, a CPI deveria ser ao menos instalada, mesmo que não funcione na prática. Dessa forma, haveria uma pressão sentida pelas autoridades. “CPI instalada ao menos serviria como espada de Dâmocles. Você está sendo investigado, vigiado”, disse o senador. “É um passo a mais o fato de instalar, e na primeira oportunidade que houve, em que tenhamos condições de retomar atividades de comissões de forma remota”, explicou.

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