PPSA: produção de gás sobe 125,8% em abril, mas petróleo fica estável e fatia da União cai
A produção de gás natural nos contratos de Partilha de Produção atingiu um novo patamar em abril, com média de 6,36 milhões de metros cúbicos por dia, segundo informou a Pré-Sal Petróleo (PPSA) nesta sexta-feira, 20. O resultado representa um crescimento de 125,8% em relação a março.
De acordo com a estatal que representa a União nos contratos de Partilha de Produção, o crescimento foi impulsionado pela melhoria na eficiência operacional do campo de Búzios, que cresceu cerca de 93%, e pelo retorno da produção de Sépia, que havia sido interrompida temporariamente em março em função de ajustes no processo de escoamento.
Em abril, o campo de Búzios foi responsável por 80% do volume exportado de gás natural, com cerca de 5 milhões de m³/dia, mantendo-se como principal exportador de gás no regime de Partilha, informou a PPSA, que previa um leilão de gás natural para este ano, mas já alertou que poderá ficar para o primeiro trimestre de 2026.
A parcela de gás natural da União disponível para exportação foi de 134,75 mil m³/dia, com crescimento de 15,3% em relação ao mês anterior. Búzios respondeu por 53% da parcela da União, seguido por Sapinhoá (28%) e Sépia (19%). Desde 2017, a produção acumulada de gás natural em regime de partilha soma cerca de 3,7 bilhões de m³, sendo 236 milhões de m³ relativos à parcela da União.
Petróleo
Já a produção total de petróleo se manteve estável em abril, com 1,23 milhão de barris por dia (bpd), com os campos de Búzios e Mero na liderança da produção, de 532,36 mil bpd e 455,83 mil bpd, respectivamente. A parcela da União foi de 102 mil bpd, representando uma queda de 7,2% em relação ao mês anterior.
Segundo a PPSA, a queda se deveu ao menor excedente em óleo no campo de Mero, que teve parada não programada no FPSO Duque de Caxias, e de Sépia, que passa pelo processo de recuperação de custos do “Earn Out”, um mecanismo contratual previsto nos leilões dos volumes excedentes da cessão onerosa, que permite à empresa contratada recuperar, com parte da produção, diferenças de valores adicionais pagos à União, caso o valor do preço do Brent seja superior ao inicialmente estimado.
Mero segue como principal fonte de arrecadação da União, representando 86% da produção, com 88,57 mil bpd. A parcela total de petróleo da União, considerando também a produção dos Acordos de Individualização de Tupi, Atapu e Mero, foi de 113 mil barris por dia.