• Por uma cidade inteligente

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  • 04/02/2020 12:25

    O planejamento prévio é algo que é visto em inúmeras nações desenvolvidas no mundo. Quem não conhece o exemplo do Japão? Os prédios são preparados para os terremotos constantes na ilha do pacífico. Com vulcões, há planejamento para evacuação de áreas inteiras. Após os impactos naturais, com pouca burocracia e com um planejamento, rapidamente a situação é resolvida. Tudo isso é possível pelo pensamento prévio de como agir, de como prevenir, de como atuar no momento dos impactos naturais.

    Vivemos em uma cidade planejada no período Imperial, pelo militar e engenheiro, teuto-brasileiro, Júlio Frederico Koeler. Porém, após a idealização do nosso município, parece que nos esquecemos da importância do desenvolvimento a partir da ordem e do projeto bem definido, principalmente pelo conhecimento técnico e capacitado. Viveremos sempre a mercê da sorte? Aceitaremos que os impactos ambientais sejam aceitos pela falta de planejamento?

    Existem fotografias antigas, onde podemos ver a parte da frente da Palácio Amarelo, atual sede da Câmara Municipal de Petrópolis, totalmente inundado. Não é de hoje que temos estes impactos, relembro também as grandes chuvas que afetaram o nosso município no final da década de 80, um grande choque de realidade. E pergunto para você novamente: Vamos simplesmente aceitar que as chuvas, algo natural devido a geolocalização do nosso município, impacte tanto a vida dos nossos munícipes?

    Ao meu ver, já passou do momento de agir, de criarmos processos para transformar a realidade. Infortunadamente, o poder deliberativo para as transformações necessárias ainda são centralizadas no Poder Executivo Municipal, porém, como parlamentar, não poderia deixar de lado a nossa necessidade de nos precaver. É por este motivo que apresentei um novo projeto de Lei, pensando nas possibilidades parlamentares, para a criação de instalações de biorretenção nas vias da cidade. A proposta é simples e pode diminuir um pouco do impacto das chuvas. Mas ainda é necessário fazer mais!

    Precisamos de um planejamento amplo, buscando os exemplos de outros municípios, estados e países. É necessário atuarmos de forma a criar novos mecanismos para termos o desenvolvimento e o progresso de forma preestabelecida e elaborada. Não podemos simplesmente aceitar um crescimento descontrolado sem o mínimo necessário para o desenvolvimento inteligente da nossa cidade.

    Um cidade inteligente é aquela que cresce de forma equilibrada de todo o território do município, evitando o investimento restrito às zonas mais rentáveis do município. Além do equilíbrio da distribuição de investimentos em todas as regiões, com equilíbrio na estruturação e dos serviços sociais.

    Somente com essa amplitude no desenvolvimento, com essa ação ampla sobre os aspectos singulares da nossa cidade, prevendo os impactos de problemas ambientais e de moradias irregulares, além de prepararmos um pensamento amplo sobre as chuvas e possibilidades de enchentes em nossa cidade, poderemos ter uma cidade que realmente se assemelhe ao desejo de um município planejado e inteligente, algo que foi pensado para ser assim desde o período Imperial.

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