• Por que errar?

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  • 14/04/2017 12:00

    Uma reforma administrativa está em curso no Município, com a Fundação de Cultura e Turismo a ser substituída por um departamento de turismo (Turispetro)  e a criação de um instituto unindo as pastas de esportes e cultura, por meio do Instituto Municipal de Cultura e Esportes, o que consideramos um grande erro administrativo de gestão. A alegação é de que há um processo, que aparentemente está em curso, cujo mérito é a extinção da Fundação. Informo que, apesar disto, não basta a simples vontade do Ministério Público para que isto aconteça e que até mesmo dentro deste processo as correções necessárias poderiam ser levadas a efeito; logo, se a justificativa é esta para a mudança, me perdoem, mas há um grande, um imenso equívoco e falta de vontade política.

    Um governo novo, ao entrar, quer mostrar alguma coisa diferente, mesmo que de caráter duvidoso e equivocado. Bastaria ser mantida a estrutura atual, mas com uma gestão profissional e eficiente. Se a nova governança entendeu que a Fundação não cumpria seu papel a contento, e é algo com que concordamos, ainda assim, não se justifica esta nova abordagem de solução do problema; não basta se mudar o nome ou querer parecer que se fará algo diferente, o caminho não é este. O caminho é gestão e vontade política. Novamente as canetadas aparecem sem qualquer discussão com a sociedade e as imposições continuam sendo a tônica de todos os governos.

    Em um município pequeno, que não carrega o título de Cidade Turística Histórica, até seria admissível a união da cultura e esportes dentro de uma só secretaria (ou Instituto), mas em Petrópolis não, já que, mais do que nunca, se necessita de uma atenção especial ao turismo, à cultura, aos esportes e ao lazer; unir cultura e esportes é uma verdadeira salada de frutas de sabor ruim e não palatável.

    Vejo, e não é de hoje, nem desta governança atual, mas ela também se inclui, que turismo e cultura não se lhes dá o respeito devido, as ações nestas são pífias e primárias, para não dizer primitivas e folclóricas. As participações delas nos governos são irrelevantes. Lamentável porque não deveria assim ser. Não há compreensão da dimensão e da importância delas, há sim uma cegueira que começo a perceber proposital por desconhecimento.

    A reforma administrativa, começa mal, aliás o governo está começando mal. Foram 100 dias de espuma, de vou fazer, de será feito, de estamos viabilizando, mas de objetivo, tivemos um aumento significativo nos contratos de coleta de lixo, sem qualquer melhoria nos serviços; outrossim, não foi honrado o aumento, que deveria ser pago em janeiro, aos servidores públicos, sob duvidoso pretexto de caixa (discurso da herança maldita), nada se fala com relação aos transbordamentos dos rios, nada se fala sobre a revitalização da antiga fábrica da Dona Isabel, nada se fala sobre a elaboração de um plano de mobilidade urbana, tampouco de fazer coisas simples, como um trabalho de tapa buracos nas ruas, hoje completamente esburacadas nos bairros e distritos, de uma melhor sinalização da cidade, do término da obra da rua do Imperador, uma melhor conectividade, e por aí vai. 

    A publicidade passa a ter o papel maior: serão, segundo esta mesma reforma administrativa, extintos 180 cargos comissionados e funções gratificadas, com uma economia anual de 1,3 milhão. O que a bem da verdade, pouco representa e é insignificante em termos de valor, se comparado ao orçamento do município. Falam de futuras PPPs (parcerias público-privadas), novos programas, mas não dizem quais  a acontecer, se a acontecer (?), assim como da retomada de investimentos no Distrito Industrial da Posse (onde só crescem mato e invasões, para descarrego de entulhos) tudo ainda por vir, em um futuro que não se sabe quando.

    Lamento o excesso de espuma, assim como o excesso de promessas e a falta de efetividade em pequenas coisas que já poderiam estar solucionadas, mas infelizmente não estão e não se sabe quando estarão.

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