• Por dentro da história do Palácio Quitandinha

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  • 16/03/2023 08:01
    Por Aghata Paredes
    Foto: Museu Imperial/Ibram/MTur- Fazenda Quitandinha

    A grandiosidade e o charme do Palácio Quitandinha encanta a todos até hoje, mas poucas pessoas conhecem os detalhes em relação à arquitetura do local. O formato côncavo da cúpula, por exemplo, favorecia o eco e as focalizações de som, concentrando a energia sonora em lugares específicos. Desse modo, na época em que o Palácio funcionava como um cassino, mesmo que o local não estivesse muito cheio, a audição do local indicava um ambiente com bastante gente. Isso acabava estimulando o público a permanecer na sala. 

    Foto: Marco Oddone

    Seguindo o estilo normando-francês (externamente), presente na arquitetura de Petrópolis devido à colonização alemã, a arquitetura do Palácio tem como destaque os telhados de acentuada inclinação e a imitação de sistema construtivo em esteios aparentes de madeira. No entanto, o que chama mais a atenção de quem visita a construção é a parte interna. Um espetáculo à parte.

    Foto: Marco Oddone

    Construído na década de 40, por Joaquim Rolla, empreendedor mineiro, o local foi inaugurado como cassino em 1944. Decorado pela designer americana Dorothy Draper, que assinava cenários de filmes dos estúdios de Hollywood, o espaço é repleto de curiosidades. A cúpula do Palácio, por exemplo, foi considerada um marco na história do concreto armado na América do Sul. Com 21 metros de altura e 51 metros de circunferência, ela já foi comparada à redoma da Catedral de São Pedro, em Roma. Além disso, o Palácio Quitandinha apresentava inúmeras inovações para a época em que foi inaugurado, como a segunda maior central telefônica do Brasil, com 800 ramais, uma piscina térmica, uma praia, com direito à areia de Copacabana, e um lago em formato de mapa do Brasil – de cabeça para baixo em relação ao hotel. 

    Foto: Marco Oddone

    A região Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficam do lado esquerdo do lago. No meio há um bico que representa a Região Sudeste, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Já a parte direita representa a região Nordeste. O farol no mapa representa a Ilha de Marajó.

    No Café Concerto, a disposição das mesas e cadeiras oferecia uma visão completa do palco em qualquer ângulo. O  teto baixo modulado foi feito para completar a acústica envolvente do espaço. 

    Foto: Marco Oddone

    O Teatro Mecanizado foi uma verdadeira revolução para a época. Com três palcos giratórios, o show continuava permanentemente. Enquanto um palco se fechava, ao mesmo tempo, outro se abria. 

    Foto: Marco Oddone

    Em 2007, o Sesc RJ passou a administrar a área do antigo cassino e, após recuperá-lo, transformou-o num espaço de cultura e lazer importante. 

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