População em situação de rua diminui 19% desde 2021; número de acolhidos no município aumenta 82%
A população em situação de rua em Petrópolis teve uma queda de 19% desde 2021; passou de 170 para 137. Já o número de acolhidos nas unidades do município teve um aumento de 82%; passou de 44 para 80. Os dados são do Censo POP Rua 2022, cadastro censitário da população em situação de rua em Petrópolis.
O estudo foi realizado pela em parceria com a Rede POP Rua, frente que reúne, além do poder público, a sociedade civil organizada e outras instituições que atuam na área.
Principais resultados do Censo POP Rua
• 80% se identificam no gênero masculino
• 47% são nascidos fora de Petrópolis
• 33% se mudaram para Petrópolis nos últimos anos
• 81% têm entre 30 e 59 anos de idade
• 71% se declararam pretos ou pardos
• 53% têm ensino fundamental incompleto
• 51% não exercem qualquer atividade para sobreviver
• 50% não possuem qualquer renda (sem contar o Auxílio Brasil)
• 47% fazem uso de alguma droga ilícita
• 18% possuem transtornos mentais
Entre setembro de novembro, equipes da Secretaria de Assistência Social percorreram as ruas da cidade entrevistando as pessoas em situação de rua. Entre os dados coletados, estão: identidade de gênero, local de nascimento, perfil regional, faixa etária, raça/cor, orientação sexual, escolaridade, perfil de renda, condições de saúde, uso de álcool e drogas, acesso e uso da rede socioassistencial e inserção nos programas socioassistenciais.
Dos 137 entrevistados, 80 (58%) estavam acolhidos nos equipamentos da Prefeitura (ex.: o Centro POP). Os demais 57 (42%) estavam nas ruas.
Público transitório
“As pessoas em situação de rua são um público muito transitório. A cada dia muda. Uma pessoa pode estar acolhida, mas, no outro dia, não. Uma pessoa pode vir de outra cidade, ficar na rua de Petrópolis, mas dali a um tempo voltar para a cidade de origem. Também pode acontecer isso com que teve o vínculo familiar quebrado, por exemplo. A pessoa pode voltar à sua família. O Censo é um retrato daquele momento. Os números mudam. Por isso, os números do CadÚnico (Cadastro Único, do governo federal) são diferentes, porque foram coletados há mais tempo e continuam no sistema, mas a realidade já mudou.”, disse o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo.