• Policiamento na Rocinha terá 500 agentes após saída das Forças Armadas

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  • 29/09/2017 17:00

    Com a saída das Forças Armadas da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada de hoje (29), a Secretaria de Estado de Segurança vai instalar na comunidade os comandos de Operações Especiais e da Polícia Pacificadora, além de alocar 500 homens na região. A informação é do secretário da pasta, Roberto Sá.

    “A Polícia Militar já se planejou, reforçou o policiamento e nós colocaremos lá, para coordenar esse policiamento, dar uma pronta resposta, gerar uma sinergia, supervisão, controle e apoio, por tempo indeterminado, o comandante de Operações Especiais e o coordenador de Polícia Pacificadora”.

    Ao lado de integrantes das outras forças de segurança que atuam no estado desde julho, Sá fez hoje um balanço das operações conjuntas com o apoio do governo federal, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

    O coronel Luiz Henrique Marinho Pires, da PM, explicou que, com a desmobilização das Forças Armadas na Rocinha, foram feitos 15 pontos de cerco e 14 de contenção na favela. No balanço da Polícia Civil, o delegado da 11ª DP, Antônio Ricardo Nunes, informou que de 17 a 28 de setembro foram identificados 81 criminosos e expedidos 54 mandados de prisão e um de busca e apreensão de menor. Desses, 11 mandados de prisão e um de apreensão de menor relativos à operação no período, além de outros seis de prisão e um de apreensão de menor sem relação direta com a operação.

    Plano Nacional de Segurança

    O sub-chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, brigadeiro Ricardo José Freire de Campos, explicou que a ordem para a retirada das tropas do cerco da Rocinha veio do ministro da Defesa, Raul Jungmann, mas que as tropas permanecem à disposição da Secretaria de Segurança e têm a capacidade de estar aonde for necessário dentro do estado em um espaço de tempo de duas horas.

    “Nós temos uma integração muito grande com as forças de segurança, estamos fazendo essa cooperação com os órgãos de segurança pública, com ações de curta duração e objetivos pontuais e bem definidos. Poucos países eu diria que têm hoje o nível de integração no campo tático e operacional que as Forças Armadas estão tendo com as forças de segurança no caso do Rio de Janeiro”, afirmou o brigadeiro.

    Desde o dia 28 de julho, as Forças Armadas atuaram em operações na Região Metropolitana, no Complexo do Lins e no Jacaré (Zona Norte) e no Complexo do Caramujo, em Niterói . Além da Rocinha, ainda estão em andamento ações no Sapinho e Barro Vermelho, comunidades em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nos três meses de atuação conjunta dentro do Plano Nacional de Segurança, Roberto Sá considerou o balanço “extremamente positivo”.

    Foram realizadas cinco operações conjuntas até o momento – Onerat, Dose Dupla, Conisi, Duque de Caxias e Rocinha –, que levaram à prisão de 117 pessoas e à apreensão de seis menores, 26 fuzis, 19 pistolas, uma espingarda calibre 12, dois revólveres, 122 carregadores de fuzil, 13 carregadores de pistola, 3.622 munições, cinco simulacros de fuzil, dois simulacros de pistola, 19 granadas, dez bombas de fabricação caseira, 2,2 toneladas de maconha, 14 quilos de cocaína, 1,5 quilo de haxixe, 1.497 sacolés (pequenos sacos plásticos) de drogas, 360 pinos de drogas, 165 pedras de crack. Também foram apreendidos ou recuperados 75 veículos automotores e sete criminosos foram mortos em confronto com as polícias.

    Quanto à atuação para evitar a chegada de drogas e armas ao Rio de Janeiro, o chefe da Secção de Policiamento da Polícia Rodoviária Federal, André Ramos, informou que nos três meses da operação Égide, que ocorre no Rio de Janeiro e nos estados corredores do tráfico desde a fronteira, foram feitos o cerco de divisa e o cerco metropolitano, com atividade voltada para o tráfico de drogas e o tráfico de armas.

    “Nesses três meses de operação, são 59 armas de fogo, 282 veículos recuperados, mais de uma tonelada de maconha, mais de 100 quilos de cocaína, 662 pessoas detidas e encaminhadas para a polícia judiciária”, detalhou Ramos.



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