Policial mata homem em frente a boate em Santa Cecília, no centro de SP
Um policial militar de folga, que atuava como agente de segurança numa casa noturna, matou um rapaz que exibia uma réplica de arma de fogo neste domingo, 8. O caso aconteceu na Alameda Dino Bueno, em Santa Cecília, região central de São Paulo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do policial.
De acordo com imagens das câmeras de segurança, a vítima, identificada pela polícia como Alisson Ricardo Rosa, parecia discutir com um grupo de pessoas do outro lado da rua por volta das 20h.
Ele gesticulava e exibia a arma que, na verdade, era uma réplica de uma pistola de cor preta, de acordo com o Boletim de Ocorrência.
O policial, identificado como Diego Ferreira Pinto de Souza, acompanha a discussão e, em seguida, sai da boate e atira duas vezes contra o rapaz, que cai ferido. Testemunhas disseram que o policial não deu voz de prisão ao rapaz e apenas atirou contra o homem.
O vídeo mostra outras pessoas sentadas na calçada, entre elas uma mulher com uma criança no colo, próximas ao rapaz baleado. Após os disparos, elas saem correndo.
Segundo a Polícia Militar, Alisson chegou a ser resgatado na Santa Casa de São Paulo, mas acabou morrendo. De acordo com os investigadores, ele possuía passagens criminais por roubo, lesão corporal, entre outras anotações.
O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do crime, registrado como homicídio. O caso foi registrado no 2° Distrito Policial da região central da capital paulista.
“As imagens das câmeras de segurança serão analisadas e o simulacro e a arma do agente foram apreendidas. A Polícia Militar também acompanha o caso”, afirmou a pasta.
O caso da Alameda Dino Bueno se soma às ocorrências recentes de violência policial na cidade de São Paulo. Entre as ocorrências do último mês com maior repercussão estão a de um homem atingido nas costas após tentativa de roubo em um mercado, a agressão a uma idosa em Barueri e o flagrante de um policial atirando um homem de uma ponte na zona sul da capital.
A sequência de denúncias fez o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) admitir falhas e a necessidade de revisão não apenas de protocolos, mas de discurso. Apesar da mudança de tom, ele defendeu a manutenção do secretário da Segurança, Guilherme Derrite, no cargo.