• Policiais da 105ª DP participam da 2ª fase da Operação Resina, que visa desarticular associação criminosa especializada em desvio de cargas

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  • 14/06/2022 09:20
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Policiais da 105ª Delegacia de Polícia (DP) do Retiro atuam, nesta terça-feira (14), na segunda fase da Operação Resina, que visa desarticular associação criminosa especializada em desvio de cargas. A operação é realizada pela Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro em parceria com o Ministério Público do Rio. Policiais da 61ª DP (Xerém) também participam da ação desta terça que tem como objetivo cumprir 21 mandados de busca e apreensão na Zona Oeste do Rio, nos bairros de Sepetiba, Campo Grande, Cosmos, Santa Cruz, Guaratiba, além de Icaraí, em Niterói, e no município de Rio Claro, em São Paulo.

    As buscas em São Paulo contam com o apoio da Polícia Civil Paulista e tem como foco um empresário suspeito de receptar toneladas de resina desviadas da empresa CPR Indústria de Comércio e Plástico. Equipes da 61ª e 105ª DP encontram-se em diligências nos bairros do Claret e na Rodovia Washington Luiz.

    A segunda fase da operação tem como foco principal o combate ao crime de receptação de ferro, alumínio e aço, e são cumpridas buscas em estabelecimentos comerciais e nas residências dos sócios das respectivas sociedades.

    Dois dias antes da deflagração da 1ª fase da operação, ocorrida no dia 01/06, os investigados noticiaram falsamente na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) um crime de roubo de carga de vergalhão, supostamente ocorrido na divisa entre os municípios de Duque de Caxias/Xerém e Petrópolis.

    A investigação demonstrou que se tratava de uma farsa e a carga de aço, avaliada em R$ 150 mil, foi destinada a empresários da Zona Oeste do Rio. Segundo apuração dos agentes, os empresários também estariam envolvidos em dezenas de outras fraudes relacionadas a aço, alumínio e ferro, ocasionando um prejuízo ao setor de R$ 2 milhões.

    A investigação constatou, ainda, ao menos 20 roubos de cargas que não ocorreram, ocasionando uma supernotificação dos indicadores de roubo de carga.

    Como a associação atua

    Os criminosos utilizavam variadas plataformas de anúncios de frete pela internet para escolher os alvos. Em seguida, após contratados pelas empresas desviavam a carga diretamente para os empresários investigados.

    Segundo a Polícia Civil, uma das formas de atuar da associação criminosa funcionava do seguinte modo: empresas publicavam cargas e fretes em uma plataforma online de transporte rodoviário de carga enquanto que os motoristas procuravam fretes compatíveis com seus veículos. Após a negociação do frete e carregamento do caminhão, outro motorista assumia a direção do veículo e desviava a carga para os receptadores. Já o primeiro motorista era responsável por comparecer em sede policial para realizar um registro de ocorrência, afirmando que teria sido roubado.

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