Polícia ouve testemunhas em inquérito que apura estupro de estudante da Faculdade de Medicina de Petrópolis
A Polícia Civil (PC) está ouvindo testemunhas no inquérito que apura o estupro de uma estudante da Faculdade de Medicina de Petrópolis ocorrido após uma festa organizados por alunos do curso no dia 31 de agosto. O médico ortopedista Lucas Pena de Oliveira, de 29 anos, e o estudante de medicina Guilherme Amorim, de 27 anos, são suspeitos do crime. Os dois estão presos na penitenciária de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro.
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Segundo a delegada titular Juliana Ziehe, da 106ª Delegacia de Polícia (DP), de Itaipava, onde o crime está sendo investigado, três pessoas já foram ouvidas. "Estamos ouvindo todos que possam contribuir. As diligências continuam em andamento. Estamos também avaliando todos os áudios armazenados no celular apreendido e também aguardando os laudos do local", disse a delegada. A polícia também aguarda resposta à consulta sobre os remédios apreendidos na casa do médico.
O médico e o estudante foram autuados por estupro de vulnerável, uma vez que a vítima estava inconsciente na hora do crime. De acordo com a delegada, depois da festa, denominada 100 dias de Medicina, que aconteceu em uma casa de festas na localidade da Duarte da Silveira, Lucas e Guilherme pararam em um posto de gasolina e deram uma pílula de ecstasy para a estudante, que acabou desmaiando. Segundo a polícia, ela foi levada para a casa do médico, na Rua Roberto da Silveira, no Centro, onde foi estuprada. O exame de corpo de delito feito na jovem, mesmo depois de 15 dias do crime, quando ela tomou coragem para denunciar o estupro, comprovou a violência do ato sexual.
Em depoimento prestado na 106ª DP, o ortopedista negou o crime e alegou que a estudante consentiu o ato sexual. Já o estudante de medicina negou o estupro e, sobre a venda do entorpecente, se reservou o direito de falar em juízo. No celular dos suspeitos, os policiais encontraram mensagens de texto e áudios sobre a compra da droga que seria distribuída na festa.