• Polícia investiga quadrilha responsável por roubar imóveis em Petrópolis

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  • 01/06/2018 12:41

    A delegada titular da 106ª Delegacia de Polícia (DP), em Itaipava, Juliana Ziehe, informou nesta quinta-feira (31) que a polícia vê ligação entre roubos a residências registrados em diferentes pontos da cidade desde janeiro e investiga a participação de funcionários de uma empresa de locação de móveis para festas nos crimes. Segundo ela, três pessoas já estão presas. Todas foram reconhecidas pelas vítimas e denunciadas como integrantes da quadrilha. Nesta quinta-feira (31), um quarto suspeito foi preso em Nogueira. Há indícios da participação dele nas ações e, por isso, ficará preso temporariamente por cinco dias. As vítimas serão chamadas novamente para fazer o reconhecimento.  

    Ao menos cinco crimes com as mesmas características estão sendo investigados pela polícia. Todos foram registrados este ano no Carangola , Itaipava (Benfica), Pedro do Rio, Centro (Morro dos Milionários) e, na última quarta-feira (30), em Nogueira. Segundo a delegada, em todos os casos há indícios de que os bandidos escolheram as vítimas e monitoraram sua rotina antes da ação. Nas casas onde havia alarme, moradores foram rendidos ao entrar ou sair do imóvel. Já as casas onde não havia sistema de segurança foram invadidas durante a madrugada. 


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    “Percebemos que o modo de operação é sempre o mesmo: homens encapuzados e usando luvas rendem as vítimas, as prendem em um cômodo do imóvel e deixam a casa levando tudo o que encontram de valor, incluindo dinheiro, joias, aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos. Sempre agem de forma violenta e estão armados”, explicou a delegada, lembrando que os depoimentos das vítimas mostram que geralmente a ação é realizada por cinco criminosos. Quatro lideram a ação dentro da casa e um fica do lado de fora. 


    Presos postaram fotos usando roupas roubadas nas redes sociais 

    As investigações, segundo Juliana Ziehe, apontam que todos os integrantes da quadrilha são de Petrópolis. “Já identificamos e prendemos o mandante”, diz ela, em referência a um homem de 45 anos preso em abril. O sobrinho dele, de 22 anos, e outro jovem, de 19 anos, da mesma família, também já estão presos. Eles, além de terem sido reconhecidos pelas vítimas, registraram nas redes sociais fotos usando roupas roubadas. Outras duas pessoas, entre eles o homem preso na manhã desta quinta-feira, estão sendo investigados. Ambas trabalhavam em empresa de locação de móveis para festas contratada por pelo menos três vítimas meses antes dos crimes. 

    Segundo a delegada, na casa do homem preso sob suspeita de integrar a quadrilha de roubos a residências foram encontradas fitas que possivelmente eram utilizadas para amarrar as vítimas e roupas camufladas iguais às usadas pelos bandidos durante as ações. Celulares apreendidos nesta quinta-feira na casa do preso e também no endereço de outro investigado onde a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão também indicam que os dois mantinham contato com os três presos. De dentro da penitenciária, o mandante dos crimes, o sobrinho e o outro jovem da família falavam com os dois por mensagens de whatsapp. 


    Delegada faz alerta à população

    A delegada Juliana Ziehe pediu que a população fique atenta e tome cuidados na hora comprar bens ou contratar serviços que exijam a presença de desconhecidos na casa da família. “Ao locar bens ou contratar serviço que obriguem a entrada de desconhecidos na casa, é importante que a família identifique a pessoa. Cheque a qualificação, anote os números da identidade e do CPF. Nossa investigação aposta que essas pessoas estavam entrando nas casas e colhendo dados para planejar ações criminosas, observando se havia câmeras, se a família tinha bens valiosos”, explicou.

    Ela também lembrou a importância de ter um sistema de segurança eficaz. “É importante ter um sistema eficaz, com botão de pânico e armazenamento de todos os registros em tempo real, evitando que o roubo de dispositivos das câmeras dos imóveis dificultem as investigações. Também é essencial que as famílias se mantenham atentas a movimentação suspeita ao redor do imóvel e acionem a polícia sempre que necessário”, frisou. 

    Juliana Ziehe lembrou que também é importante que as pessoas denunciem a venda de produtos sem nota fiscal. “Essas pessoas só roubam porque conseguem vender as peças. Quem compra também comete crime, de receptação. Peço que as pessoas denunciem estabelecimentos que vendam produtos sem nota fiscal. Vamos atuar de forma rápida para impedir a ação dos criminosos”. As denúncias podem ser feitas diretamente à delegacia, pelo telefone (24) 2222-7094.


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