• Polícia faz bloqueios em ruas próximas à Superintendência da PF

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  • 08/04/2018 12:00

    O primeiro dia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba começou tranquilo. No início da manhã deste domingo (8), uma empresa terceirizada chegou ao local para fornecer o café da manhã dos presos. Segundo agentes da PF, a primeira refeição é café com leite e pão. Lula está em uma sala especial, transformada em sala de Estado-Maior devido à condição de ex-presidente. No local, há cadeira, mesa, cama e banheiro exclusivo. Há ainda uma janela que dá vista para a área interna do prédio.

    As ruas próximas ao local continuam fechadas: a Polícia Militar fez bloqueios em um raio de 500 metros. Cerca de 400 manifestantes favoráveis ao ex-presidente passaram a noite na região, mas não houve registro de problemas. O grupo canta e grita palavras de ordem em defesa de Lula. Também próximo ao bloqueio, moradores da cidade e curiosos se aproximam para tirar fotos e ver de perto o local onde o ex-presidente começa a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

    No início da madrugada, após a chegada de Lula, houve tumulto entre manifestantes. Oito pessoas ficaram feridas. Três dos oito feridos são crianças, um é policial militar e os demais são manifestantes favoráveis ao ex-presidente. A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, conversou com a imprensa e disse que Lula está tranquilo. Ela explicou que não viu o ex-presidente, mas que fontes da PF informaram que ele estava calmo. A parlamentar também criticou a ação policial durante a chegada do petista, quando foram lançadas bombas de gás lacrimogênio. Segundo ela, as forças policiais precisam se preparar melhor e se planejar para lidar com a situação, já que o grupo planeja fazer uma vigília enquanto Lula estiver na Superintendência.

    Após o ocorrido, a PM alegou que as bombas foram lançadas pela PF. Informou também que usou balas de borracha contra o grupo a favor de Lula porque, segundo a corporação, após a explosão das bombas, manifestantes favoráveis começaram a correr em direção ao grupo com ideologia oposta. Os manifestantes, no entanto, negaram a informação e criticaram a ação policial.

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