• Polícia encontra vibradores e chicote na casa de homem que tentou matar Kirchner

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  • 02/09/2022 17:42
    Por Redação / Estadão

    A operação da Polícia Federal da Argentina que apreendeu caixas de munição na casa de Fernando Andrés Sabag Montiel – detido como principal suspeito de apontar uma arma carregada contra a vice-presidente Cristina Kirchner – encontrou um ambiente revirado na habitação de 15 metros quadrados que o brasileiro alugava em Villa Zagala, em Buenos Aires. Em meio à sujeira e ao mau cheiro do lugar, a polícia encontrou inúmeras lingeries femininas, vibradores e um chicote de couro.

    Horas após a prisão de Montiel no bairro da Recoleta, a imprensa argentina informou que algumas pessoas teriam procurado a polícia para repassar informações sobre o suspeito. Segundo o diário La Nación, uma dessas pessoas era o motorista Sergio Paroldi, de 46 anos, dono da casa que o brasileiro alugava a cerca de 8 meses. Ele teria reconhecido o inquilino na televisão e procurou as autoridades, entregando a elas uma chave do local.

    O imóvel, localizado no terreno imediatamente atrás da casa de Paroldi, estava revirado e sujo, segundo o relato do La Nación. A pia do banheiro estava quebrada e o sanitário – que parecia estar entupido há dias – exalava um cheiro forte quando a polícia chegou. No chão, havia uma pilha de cobertores, roupas e alimentos, incluindo vários sacos de batatas.

    Foi em meio à bagunça que a polícia encontrou os vibradores, lingeries e o chicote de couro. “O que mais surpreende, além do odor e da sujeira, é a quantidade de elementos fetichistas. Não tínhamos ideia dessa faceta”, disse o assistente social Fabricio Pierucchi, amigo do dono da casa, em entrevista ao jornal argentino.

    Logo após a tentativa de atentado, as redes sociais de Montiel foram retiradas do ar. No entanto, jornais argentinos conseguiram acessar os perfis e comunidades seguidos e com que o brasileiro se relacionava – apontando para um interesse em grupos extremistas e de ódio.

    Nas redes, ele se identificava como Fernando “Salim” Montiel, e acompanhava grupos e páginas como “Comunismo satânico”, “ciências ocultas herméticas” e “coach antipsicopatas”.

    Embora não esteja claro como o brasileiro interagia com esses grupos nas redes sociais, outras evidências apontam o envolvimento com grupos extremistas. De acordo com o Clarín, Montiel teria várias tatuagens alusivas às mitologias viking e germânica, utilizadas por grupos neonazistas, incluindo um “Schwarze Sonne” no ombro, sol negro ligado à filosofia ocultista do nazismo e utilizado pelas SS de Adolph Hitler.

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