Polícia descobre esquema de recrutamento de facção

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro descobriu, por meio de ligações telefônicas interceptadas em presídios brasileiros, que traficantes ligados à liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país, estão buscando incorporar chefes de pontos de drogas de diversas regiões do Estado, entre elas a cidade de Petrópolis, com o intuito de expandir o domínio do grupo. 

Segundo a Polícia, muitos dos negociantes fazem acordos de dentro de unidades prisionais, onde recrutam novos membros para integrarem a facção. Todo o contato é feito por meio de teleconferências, onde os aliciadores oferecem uma recompensa de R$ 400 mensais para quem deseja fazer parte do grupo criminoso.

Conforme informações do delegado Antenor Lopes, coordenador da investigação no Rio, pelo menos 80 criminosos já foram aliciados para o PCC em todo o Estado nos últimos meses. 

Além da maior cidade da Serra, municípios como Rio das Ostras, Macaé, Rio Bonito e Saquarema estão na lista dos novos “territórios” da facção. Um dos pré-requisitos principais é a localização. Quanto mais próximo de rodovias e entroncamentos importantes, mais fácil a chegada da droga e o domínio daquele território.

Segundo a própria Polícia, o PCC alicia bandidos usando o argumentos diferentes e outras facções, falando diretamente com os donos dos pontos de tráfico de determinadas regiões, oferecendo assistência até judicial. 

Algumas informações sobre a investigação ganharam destaque nos principais jornais da capital fluminense, assim como as redes sociais.