• Polícia Civil investiga assassinato de empresário por motociclistas em Manaus

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  • 30/ago 10:39
    Por Waldick Junior / Estadão

    Um grupo de motociclistas é suspeito de espancar até a morte o empresário Jones Mota Lopes, de 55 anos, na madrugada da última quarta-feira, 28, em Manaus. A suspeita é que o homicídio tenha sido motivado por um acidente de trânsito. A Polícia Civil do Amazonas ainda investiga a hipótese, mas já identificou três suspeitos do crime.

    “Nós conseguimos, ontem (quarta-feira), com a ajuda da população e com a divulgação das imagens que correram o noticiário, envidar esforços para identificar os três principais autores dessa barbaridade. Nossos investigadores foram a campo, em diversos endereços, e confirmamos as identidades de três pessoas, que agora estão com mandados de prisão preventiva decretados”, disse a titular adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Deborah Barreiros.

    “Temos pessoas que também roubaram e danificaram o patrimônio daquele senhor”, pontuou a delegada.

    O caso aconteceu por volta de 1h da manhã, na Avenida Autaz Mirim, na zona leste de Manaus. A via é uma das mais movimentadas da capital amazonense. Vídeos que circularam nas redes mostram que motociclistas cercaram o veículo da vítima, o retiraram do carro e o espancaram até a morte. Uma pedra também foi utilizada no crime.

    “Procuramos ver como essa discussão iniciou, há pessoas falando que houve um pequeno acidente de trânsito, mas não temos nenhuma informação sobre isso. O que temos são essas prisões decretadas e um prazo para finalizar a investigação. A gente não sabe se existiu um acidente anterior, mas, mesmo assim, isso não dá o direito de ninguém fazer o que fez”, explicou Deborah Barreiros.

    Após a repercussão do caso, a Liderança dos Entregadores de Delivery do Amazonas, uma das principais entidades da categoria no Estado, divulgou uma nota de repúdio contra o crime e ressaltou que as ações dos motociclistas envolvidos no linchamento não representa a categoria.

    “Reiteramos nosso compromisso com o trabalho ético e responsável, destacando que tais condutas não refletem os valores da nossa categoria. Contamos com a compreensão e apoio de todos para manter o respeito e a integridade que sempre pautaram nosso serviço”, consta no posicionamento da entidade.

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