• Polícia Civil e MPRJ cumprem mandados de prisão em Petrópolis contra acusados de lavagem de dinheiro e fraudes bancárias

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  • 13/jun 09:19
    Por Enzo Gabriel

    Na manhã desta quinta-feira (13), agentes da Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumprem quatro mandados de prisão e dez de busca e apreensão contra uma organização criminosa que lavava dinheiro e realizou fraudes bancárias em grande escala, movimentando aproximadamente meio bilhão de reais. Os mandados estão sendo cumpridos em Corrêas, Itaipava, Nogueira e Barra da Tijuca. Todos os quatro acusados foram presos.

    Ao todo, seis pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa. Entre os denunciados, estão dois gerentes de um banco localizado em Petrópolis, que tiveram prejuízo de R$ 8 milhões causado pelo grupo entre 2019 e 2020.

    Os mandados da operação, denominada “Shell Company”, obtidos pelo GAECO/MPRJ foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas. A pedido do MPRJ, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 8 milhões em desfavor dos denunciados.

    Identidade dos presos:

    1. Jefferson de Aguiar Leal, chefe do esquema;
    2. João Vitor Hibner de Figueredo, operador do esquema;
    3. Leonardo de Oliveira Tonelli, ex-gerente de banco;
    4. Osiris Alves de Luca Filho, ex-gerente de banco.

    Como funcionava o esquema

    Segundo a investigação, os recursos financeiros da organização foram canalizados para uma holding criada com o objetivo de controlar 11 empesas fictícias, usadas para lavagem de dinheiro. Os gerentes do banco atestaram documentação falsa e atividade empresarial supostamente desenvolvida como verdadeiras e abriram contas para as empresas de fachada, que foram utilizadas para respaldas empréstimos milionários, além de outras vantagens junto à instituição.

    De acordo com o Gaeco/MPRJ, durante os anos de 2020 e 2022 os denunciados movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões. A análise do fluxo financeiro indica que, além do banco prejudicado, outras instituições financeiras também foram alvo do mesmo grupo.

    O nome da operação “Shell Company”, significa companhia de fachada. É o termo em inglês para as empresas sem atividade verdadeira, sendo apenas uma ferramenta para esconder a verdadeira atividade (financeira ou ilícita) desempenhada.

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