• Polícia Civil ainda não ouviu família da idosa que tomou injeção vazia

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  • 19/02/2021 12:25
    Por Janaina do Carmo

    A Polícia Civil (PC) ainda não ouviu a família da idosa que tomou injeção vazia durante campanha de vacinação contra a covid-19. De acordo com delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia (DP), João Valentin ainda não há data para o depoimento dos familiares. O caso aconteceu na sexta-feira (13) passada.

    A técnica de enfermagem que aplicou a seringa vazia na idosa já foi ouvida na delegacia, mas o delegado não quis divulgar o teor do depoimento. A profissional também já prestou esclarecimentos para as equipes da Prefeitura e afirmou não ter tido intenção de aplicar a injeção vazia na idosa.

    A denúncia foi feita depois que imagens do momento da vacinação no posto volante montado pelo município no campus da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) no Centro foram postadas nas redes sociais. Após a denúncia, a idosa foi procurada pelas equipes da Secretaria de Saúde e tomou a dose certa em casa, no sábado (13).

    Em Niterói, um caso semelhante resultou no indiciamento da técnica de enfermagem que não aplicou a injeção de forma correta em um idoso. Ela foi indiciada pela Polícia Civil por peculato e infração de medida sanitária.

    A profissional chegou a espetar a agulha no braço do idoso, mas não pressionou o êmbolo da seringa para injetar o imunizante. Em vídeo feito por parentes dele, uma pessoa da família pergunta se a vacina foi realmente aplicada e a profissional confirma.

    Para o delegado Luiz Henrique Pereira, responsável pelo inquérito na 76ª Delegacia de Polícia, em Niterói, e autor do pedido de indiciamento, a técnica de enfermagem tinha consciência do que fazia. “A análise do vídeo deixa claro que ela estava consciente de que não estava aplicando a vacina, até porque ela foi alertada e questionada pela família e respondeu de forma irônica. Então, tenho certeza de que ela tinha consciência do que estava fazendo”, afirmou o delegado, em entrevista à Agência Brasil.

    Segundo o delegado, no depoimento que prestou, na 76ª DP, a profissional disse que isso nunca ocorreu nos 10 anos de carreira e que não sabia explicar a falha. “É tentar explicar o inexplicável. Não tem explicação. A pessoa deixou de apertar o êmbolo da seringa. Não tem como, não tem explicação e ainda furou o braço do idoso de 90 anos de idade”, completou.

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