Pnad Contínua teve taxa de resposta de 59% para o trimestre até junho, diz IBGE
A taxa de resposta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) alcançou 59% para o trimestre até junho, de acordo com os dados da divulgados nesta terça-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A coleta referente à situação do mercado de trabalho no mês de junho permaneceu em campo até o dia 30 de julho, já com entrevistas presenciais, informou no mês passado o órgão, quando anunciou o retorno parcial da coleta presencial de indicadores.
A taxa de resposta da Pnad Contínua subiu de 55,8% na pesquisa referente ao trimestre móvel até abril para 57,9% na de maio, apurada até o último 29 de junho. O pior desempenho foi registrado na pesquisa do trimestre encerrado em março deste ano, quando a taxa de resposta foi de apenas 52,5%. Antes da covid-19, a taxa de resposta da Pnad Contínua alcançava 89%.
Segundo o IBGE, a coleta presencial é feita apenas nos casos em que não for possível obter os dados pelo telefone. As unidades estaduais têm autonomia para decidir sobre a forma de obtenção de dados, sempre condicionada à evolução local da pandemia de covid-19.
Em 12 de julho, quando anunciou o retorno parcial de suas atividades presenciais, o IBGE já tinha a expectativa de conseguir melhorar a taxa de resposta em todo o País, o que possibilitará ao órgão voltar a divulgar dados regionais do mercado de trabalho com mais desagregações, que foram suspensas quando houve dificuldade na coleta.
A coleta telefônica de dados sobre o mercado de trabalho aumentou a incidência de respostas de jovens, mulheres e idosos na amostra da Pnad Contínua. O IBGE já tratava os dados obtidos, ajustando os resultados para o tamanho da população de cada unidade da federação.
Agora, o instituto está trabalhando para ajustar toda a série histórica também em relação à distribuição das pessoas por idade e sexo. Ou seja, essas variáveis serão usadas na construção dos pesos dos informantes para a obtenção do resultado total da pesquisa, o que o órgão acredita que impedirá novos resultados enviesados.