PMI de serviços do Brasil cai a 51,6 em dezembro, diz S&P Global; PMI composto recua a 51,5
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços do Brasil caiu para 51,6 pontos em dezembro, após 53,6 em novembro, de acordo com dados divulgados pela S&P Global nesta segunda-feira, 6. Apesar de o resultado ainda indicar expansão da atividade de serviços (os dados acima de 50 indicam o movimento), este foi o crescimento mais fraco observado em 2024.
“As pressões elevadas sobre os custos parecem ter levado as empresas a adotar uma postura mais cautelosa em relação à atividade de serviços”, avalia Pollyanna De Lima, diretora Associada Econômica da S&P Global Market Intelligence. Ela também destaca que os clientes se tornaram mais cautelosos com seus gastos, dado o aumento da inflação e os custos de empréstimos em nível elevado.
Algumas empresas participantes da pesquisa sugeriram que os volumes mais altos de novos negócios sustentaram o crescimento da atividade de serviços, mas outras afirmaram que a demanda mais fraca por seus serviços causou uma desaceleração em suas unidades.
Ela observa que, para 2025, os prestadores de serviços ficarão cada vez mais cautelosos – o otimismo geral expresso na pesquisa foi o mais fraco registrado em mais de três anos e meio. “Surgiram preocupações de que as mudanças nas condições econômicas e questões políticas poderiam afetar negativamente o crescimento”, diz. “Se o otimismo permanecer moderado e o crescimento do setor de serviços oscilar, poderemos ver uma reavaliação da atual trajetória da política monetária”, atenta.
PMI Composto
A S&P Global também reportou que o PMI composto, que mede a atividade dos setores industrial e de serviços conjuntamente, caiu de 53,5 pontos em novembro para 51,5 pontos em dezembro.
De acordo com a S&P, um crescimento mais lento no volume agregado de novos pedidos amorteceu o avanço da atividade de serviços. Embora em nível ainda sólido, a taxa de expansão foi a mais fraca observada desde agosto de 2024.
A S&P ainda pontua que, com a inflação dos preços de venda se acelerando de forma disseminada em todo o setor privado, os preços cobrados por bens e serviços aumentaram mais do que o normal desde agosto de 2024.