• Plantio e colheita

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  • 04/03/2020 17:54

    Divulguei, sim, com os meus amigos da imprensa petropolitana, a magna alegria de haver organizado e realizado um encontro de família, reunindo os descendentes de Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos I, meu bisavô paterno, nascido no ano de 1820 e falecido em 1860. Sobre este ilustre ascendente, que viveu magros 40 anos, comemoramos seus 200 anos do nascimento ocorrido na Ribeira, Porto, Portugal, 6º de 8 filhos do casal Manoel Gomes dos Santos e Ana Isabel Hermelinda dos Santos. 

    Veio para o Brasil aos 13 anos de idade para ser caixeiro em lojas de patrícios, na Corte do Rio de Janeiro, Como bom português daqueles idos, acabou proprietário de loja de roupas, juntou capital, constituiu família, dedicou-se às promoções sociais e culturais, culminando com a sua grande criação, o teatro Ginásio Dramático, em 1855, que dirigiu por 5 anos sob revolucionária projeto de introdução do teatro realista no Brasil. 

    Este registro é tema do livro que lancei no encontro: “Os 3 Heleodoros, 3º volume”,com o 2º volume da mesma obra, este versando sobre meu avô Joaquim Heleodoro II, nascido na Corte do Rio de Janeiro em 1847 e falecido em Petrópolis, ano de 1898. Fechei, assim, a trilogia dos Joaquim Heleodoro, que havia iniciado com a publicação do 1º volume, no ano de 1981 biografando meu pai (1888-1959). 

    O encontro foi um sucesso sob alegria geral no reencontro de quatro gerações de descendentes do empresário do comércio e do teatro; também recordando seu filho herói condecorado na Guerra do Paraguai, poeta, jornalista e dramaturgo, que trouxe toda a família para Petrópolis em 1894; e, igualmente, o neto (meu pai), personalidade de destaque na cultura petropolitana de mesmos predicados do pai literato. No encontro lancei o livro que editei, “Gaivotas”, reunindo toda a poética de meu pai, o terceiro Heleodoro. 

    Aliás, bom repisar: os três foram batizados com o mesmo nome: Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos. Toda a festividade teve o dedo mágico de minha filha Janine Meirelles Ramos e seu esposo Ronaldo Ramos e irrestrito apoio de suas irmãs e irmão que se desdobraram na localização de parentes que o tempo e vida distanciaram, porque assim a terrena existência. Para bem situar, reconto a história: quando o 2º Heleodoro (1847-1898), acompanhando a transferência da capital do Estado do Rio de Janeiro para Petrópolis, ano de 1894, ele que era funcionário do Gabinete do Governo Fluminense, fixou residência na serra, com ele trouxe toda a família, com seus filhos Ricardo, Mariana, Dora e Joaquim Heleodoro III. 

    Assim, foram constituídas novas famílias petropolitanas, com casamentos nas famílias Nicolay, Melatti, Pereira, Marques Duarte, Vieira e outras, com desdobramentos em gerações à frente. O encontro, com direito a lágrimas e tudo o mais, risos e muitas lembranças, reabriu em cada coração a saudade da velha casa da rua Washington Luíz nº 237, onde os mais idosos de hoje brincaram na infância feliz dos tempos difíceis que a criançada desconhecia por viver plenamente sob compromissos apenas com a vida infantil, deixando o pensar e a luta pela sobrevivência nas costas dos nossos heróis – avós, pais, tios – verdadeiros – muitos já ausentes – responsáveis pelo mágico encontro e reencontro ocorrido no dia 9 de fevereiro. Graças a eles! Graças a Deus!. 

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