• Plantio de cerejeiras vai comemorar os 110 anos da imigração japonesa

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  • 09/07/2018 16:55

    A beleza da florada das cerejeiras em Petrópolis vai ganhar um reforço com o plantio de 110 mudas da árvore, que é símbolo do Japão. Elas representam os 110 anos da imigração japonesa no Brasil, comemorados este ano. A maior parte das mudas – 100 delas – será cultivada no Parque Municipal, em Itaipava, onde, nesta sexta-feira (13), às 9h, haverá uma cerimônia para marcar o início do plantio. Outros atrativos do município, como o Palácio de Cristal, o Lago do Quitandinha e o Museu Imperial já costumam receber no mês de julho – período da rápida florada – admiradores que percorrem o chamado “Circuito das Cerejeiras”, que inclui diversos pontos turísticos e ruas pela cidade.

    Para marcar a data comemorativa, 23 associações de descendentes japoneses do estado do Rio se reuniram e criaram a “Comissão dos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil”, que está doando ao município as mudas de cerejeiras. Segundo o presidente da Associação Nikkei de Petrópolis, Kiyoshi Ami, a Cidade Imperial é a única no estado que vai receber a doação: “O Brasil inteiro está comemorando esta data. Mas a afinidade de Petrópolis com o Japão é especial porque aqui começou a relação entre os dois países”, destaca.

    Petrópolis é a cidade que tem a relação mais antiga com o país, já que em 1897 foi instalada aqui a primeira delegação do Japão (representação diplomática), comprovando que os dois países mantiveram contato onze anos antes da chegada dos primeiros imigrantes japoneses no Brasil. Foi de Petrópolis que o terceiro ministro japonês à época, Fukashi Sugimura, enviou um relatório favorável à imigração para o Brasil, viabilizando a imigração japonesa.

    “A relação de Petrópolis com a comunidade japonesa é muito forte. E as cerejeiras representam essa amizade entre os dois países. Além de ser uma homenagem, é também um importante atrativo, já que o Circuito das Cerejeiras, pela beleza e o encantamento das pessoas, se tornou mais um atrativo cultural e turístico da cidade, chamando a atenção de diversos grupos para os locais onde elas estão plantadas no período da florada. Estamos muito felizes com a doação da comissão. Escolhemos o Parque Municipal para receber as primeiras 100 mudas como uma forma de também levar essa cultura para Itaipava”, explica o secretário da Turispetro, Marcelo Valente.

    O mês de julho é o período de florada das cerejeiras, que dura, no máximo, rápidos 15 dias. Outro ponto na cidade conhecido pelas árvores símbolo do Japão é o entorno do Lago Quitandinha. Elas começaram a surgir em 1995, quando quatro agremiações nikkeis do estado, em comemoração aos 100 anos da assinatura do “Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão”, também plantaram 300 mudas de “sakura”, nome japonês da árvore, em Petrópolis. Na ocasião, além do lago, também foram plantadas mudas no Museu Imperial e no Palácio Rio Negro.

    As cores das cerejeiras também podem ser apreciadas em vias do Centro Histórico como as avenidas Ipiranga e Tiradentes, além de enfeitar bairros como Valparaíso, Mosela, Retiro e jardins de terrenos particulares em todo o município.

    “A cerejeira é símbolo para o Japão, assim como o Ipê é do Brasil”, frisa Kiyoshi Ami.


    Imigração japonesa

    Em 1908, os primeiros 781 imigrantes japoneses desembarcaram em Santos, em São Paulo. De lá até hoje, a comunidade japonesa vem contribuído para o desenvolvimento do país, fortalecendo as relações amistosas entre o Brasil e o Japão. Este ano, comemorações estão na programação de diversas cidades pelo país.

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