• Plano de contingência prevê faixas exclusivas para ônibus e até estudo sobre rodízio de placas

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 07/set 04:33
    Por Les Partisans

    Partisans leram e releram o Plano de Contingência para o Transporte Público e acharam, lá no finalzinho, colocado de uma forma bem discreta, uma medida que pode resultar em muita polêmica e discussão. Tá lá: “realização de estudos para avaliação de implantação de rodizio de placas de veículos leves em horários de pico durante dias uteis a uma taxa de 10%”. Vale dizer que é apenas um estudo, mas também é bom a gente lembrar que essa medida é pra lá de polêmica. Em São Paulo mesmo, onde a experiência já acontece há décadas, o rodízio é questionado, entre outras razões, por um resultado efetivo aquém da expectativa e porque quem pode mais compra ou utiliza um outro veículo, com uma outra placa – ou seja, apenas tem menor condição financeira é atingido.

    Faixas exclusivas, semáforos inteligentes e ações pontuais

    Mas nem só de estudo vive o Plano de Contingência: há ações concretas que estão previstas para implantação com prazo e tudo. É o caso das faixas exclusivas para ônibus em trechos críticos. Hoje, a única experiência (bem sucedida, diga-se) foi a divisão da Rua Souza Franco, que reduziu o tempo para os ônibus do Alto da Serra. Agora, a CPTrans quer fazer ações parecidas nos acessos ao Centro Histórico (sem especificar qual, mas a gente chuta que seja nas ruas Washington Luiz e Paulino Afonso, onde há maior possibilidade), Bingen, Alto da Serra e Corrêas. Isso tudo está previsto para acontecer no primeiro semestre de 2027.

    Semáforos inteligentes e com prioridade para os ônibus

    A “redução dos conflitos viários” é outra medida que consta no Plano de Contingência – até aí, não há tanta novidade, já que os testes que a CPTrans têm feito no Quitandinha, Bingen e em Corrêas têm o objetivo de diminuir o número de cruzamentos. Só que, no Plano, consta a utilização de semáforos inteligentes inclusive com prioridade para o transporte coletivo.  

    Mistérios da meia-noite

    Partisans continuam encucados com a invasão cinematográfica ao Centro Administrativo da Prefeitura. Além da grande curiosidade para saber a lista dos documentos que foram furtados, o que motivou toda aquela ação? Seria a necessidade de esconder algum documento de alguém, por exemplo, do MP? Por enquanto a investigação continua e só as plantas – as ornamentais, no caso – sabem.

    Pediu pra parar, parou

    Ontem nós falamos que a promotora Vanessa Katz está por aqui com esse negócio de “fazer uma audiência por dia para resolver os problemas do município”. E teve mais uma coisa que o Ministério Público teve que meter a colher – mas, dessa vez, foi o Federal: aquela licitação para a empresa que seria responsável por contratar médicos para o Sehac. Foi o MPF que recomendou a suspensão do certame por já haver um contrato vigente para estes serviços, fruto de licitação feita em 2022.

    Jus esperniandi

    O embargo de declaração utilizado pelo advogado Celso Sardinha no processo do ICMS a mais que a gestão Bomtempo entrou contra a GE Celma e perdeu por unanimidade no TJ não muda a sentença. Partisans mais atentos lembraram que o recurso é específico para que o juiz coloque, na sua decisão, algum ponto defendido pela defesa. Por exemplo, esclarecer uma circunstância ou incluir outra. Mas nem isso deve rolar. A Câmara Cível foi unânime em dizer que a GE não deveria sequer ser processada.

    Muito fubá e pouca proteína

    No popular: a ação de Sardinha é muito mais para cumprir tabela e utilizar um último recurso (o que pode acabar torrando a paciência da desembargadora) do que para resolver mesmo. Fora que Sardinha precisa mostrar serviço. Vai ser muito importante para ele na hora que tiver de explicar toda a estratégia mirabolante… 

    Desmontagem do que?

    A Câmara fez uma audiência para falar do “desmonte” das políticas públicas para a mulher. Tá, mas… Para algo ser “desmontado”, precisa ser “montado” antes. No caso, o desempenho da Secretaria da Mulher, desde que foi criada, no ano passado, foi alvo de críticas por conta da pouca efetividade de suas ações. Uma das principais medidas, o fluxograma do atendimento a casos de violência contra a mulher está sendo refeito para incluir setores como Educação e Assistência Social, que não foram ouvidos no documento produzido pelo governo passado.

    Costura pra fora

    A Câmara pode ter mais da metade da sua atual composição se candidatando a uma vaga de deputado estadual. A preço de hoje, pelo menos sete vereadores estão animados por uma vaga na Alerj, incluindo aí o presidente Junior Coruja e o licenciado Fred Procópio. Sem contar gente de dentro do Palácio Amarelo que ainda não se assumiu candidato mas está botando as manguinhas de fora. É isso tudo sem levar em conta Yuri Moura, que saiu da eleição para a Prefeitura como o grande líder da oposição e é candidato à reeleição, e outros nomes. Falta só combinar com os petropolitanos… E buscar votos fora. Até agora, muito pouca gente tem feito esse trabalho.

    Costura pra dentro

    Mas o equilíbrio é tudo. Há quem diga, por exemplo, que Bernardo Rossi está muito estadual, nacional, internacional e galático, mas está cuidando pouco da aldeia. O exército, que é enorme, ressente a presença de seu líder na rua. Essa disputa pode ter menos concorrentes, mas os nomes têm um peso eleitoral maior (pelo menos até agora) do que os vereadores: Hugo Leal está no exercício do mandato e sabe movimentar peças na disputa pelo cargo; e Rubens Bomtempo, que tem se animado e se armado para a briga rumo à Câmara, ainda tem peso – e, no caso dos dois ex-prefeitos, as últimas votações na cidade tiveram números bem parecidos.

    Os alunos da Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (OCPIT) participaram de um evento nesta semana com músicos da Fundação Austríaca Viajart, que atua na promoção de intercâmbios culturais e artísticos, com destaque para a música clássica. O encontro reuniu também os estudantes do projeto Ação Social Pela Música. Os jovens tiveram uma série de experiências musicais e também participaram de uma roda de conversa sobre possibilidades de estudo no exterior. (Foto: Luiz Pistone)

    Contagem

    Estamos há 2 anos e 4 meses sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.

    Últimas