
Plano de contingência prevê faixas exclusivas para ônibus e até estudo sobre rodízio de placas
Partisans leram e releram o Plano de Contingência para o Transporte Público e acharam, lá no finalzinho, colocado de uma forma bem discreta, uma medida que pode resultar em muita polêmica e discussão. Tá lá: “realização de estudos para avaliação de implantação de rodizio de placas de veículos leves em horários de pico durante dias uteis a uma taxa de 10%”. Vale dizer que é apenas um estudo, mas também é bom a gente lembrar que essa medida é pra lá de polêmica. Em São Paulo mesmo, onde a experiência já acontece há décadas, o rodízio é questionado, entre outras razões, por um resultado efetivo aquém da expectativa e porque quem pode mais compra ou utiliza um outro veículo, com uma outra placa – ou seja, apenas tem menor condição financeira é atingido.
Faixas exclusivas, semáforos inteligentes e ações pontuais
Mas nem só de estudo vive o Plano de Contingência: há ações concretas que estão previstas para implantação com prazo e tudo. É o caso das faixas exclusivas para ônibus em trechos críticos. Hoje, a única experiência (bem sucedida, diga-se) foi a divisão da Rua Souza Franco, que reduziu o tempo para os ônibus do Alto da Serra. Agora, a CPTrans quer fazer ações parecidas nos acessos ao Centro Histórico (sem especificar qual, mas a gente chuta que seja nas ruas Washington Luiz e Paulino Afonso, onde há maior possibilidade), Bingen, Alto da Serra e Corrêas. Isso tudo está previsto para acontecer no primeiro semestre de 2027.
Semáforos inteligentes e com prioridade para os ônibus
A “redução dos conflitos viários” é outra medida que consta no Plano de Contingência – até aí, não há tanta novidade, já que os testes que a CPTrans têm feito no Quitandinha, Bingen e em Corrêas têm o objetivo de diminuir o número de cruzamentos. Só que, no Plano, consta a utilização de semáforos inteligentes inclusive com prioridade para o transporte coletivo.
Mistérios da meia-noite
Partisans continuam encucados com a invasão cinematográfica ao Centro Administrativo da Prefeitura. Além da grande curiosidade para saber a lista dos documentos que foram furtados, o que motivou toda aquela ação? Seria a necessidade de esconder algum documento de alguém, por exemplo, do MP? Por enquanto a investigação continua e só as plantas – as ornamentais, no caso – sabem.
Pediu pra parar, parou
Ontem nós falamos que a promotora Vanessa Katz está por aqui com esse negócio de “fazer uma audiência por dia para resolver os problemas do município”. E teve mais uma coisa que o Ministério Público teve que meter a colher – mas, dessa vez, foi o Federal: aquela licitação para a empresa que seria responsável por contratar médicos para o Sehac. Foi o MPF que recomendou a suspensão do certame por já haver um contrato vigente para estes serviços, fruto de licitação feita em 2022.
Jus esperniandi
O embargo de declaração utilizado pelo advogado Celso Sardinha no processo do ICMS a mais que a gestão Bomtempo entrou contra a GE Celma e perdeu por unanimidade no TJ não muda a sentença. Partisans mais atentos lembraram que o recurso é específico para que o juiz coloque, na sua decisão, algum ponto defendido pela defesa. Por exemplo, esclarecer uma circunstância ou incluir outra. Mas nem isso deve rolar. A Câmara Cível foi unânime em dizer que a GE não deveria sequer ser processada.
Muito fubá e pouca proteína
No popular: a ação de Sardinha é muito mais para cumprir tabela e utilizar um último recurso (o que pode acabar torrando a paciência da desembargadora) do que para resolver mesmo. Fora que Sardinha precisa mostrar serviço. Vai ser muito importante para ele na hora que tiver de explicar toda a estratégia mirabolante…
Desmontagem do que?
A Câmara fez uma audiência para falar do “desmonte” das políticas públicas para a mulher. Tá, mas… Para algo ser “desmontado”, precisa ser “montado” antes. No caso, o desempenho da Secretaria da Mulher, desde que foi criada, no ano passado, foi alvo de críticas por conta da pouca efetividade de suas ações. Uma das principais medidas, o fluxograma do atendimento a casos de violência contra a mulher está sendo refeito para incluir setores como Educação e Assistência Social, que não foram ouvidos no documento produzido pelo governo passado.
Costura pra fora
A Câmara pode ter mais da metade da sua atual composição se candidatando a uma vaga de deputado estadual. A preço de hoje, pelo menos sete vereadores estão animados por uma vaga na Alerj, incluindo aí o presidente Junior Coruja e o licenciado Fred Procópio. Sem contar gente de dentro do Palácio Amarelo que ainda não se assumiu candidato mas está botando as manguinhas de fora. É isso tudo sem levar em conta Yuri Moura, que saiu da eleição para a Prefeitura como o grande líder da oposição e é candidato à reeleição, e outros nomes. Falta só combinar com os petropolitanos… E buscar votos fora. Até agora, muito pouca gente tem feito esse trabalho.
Costura pra dentro
Mas o equilíbrio é tudo. Há quem diga, por exemplo, que Bernardo Rossi está muito estadual, nacional, internacional e galático, mas está cuidando pouco da aldeia. O exército, que é enorme, ressente a presença de seu líder na rua. Essa disputa pode ter menos concorrentes, mas os nomes têm um peso eleitoral maior (pelo menos até agora) do que os vereadores: Hugo Leal está no exercício do mandato e sabe movimentar peças na disputa pelo cargo; e Rubens Bomtempo, que tem se animado e se armado para a briga rumo à Câmara, ainda tem peso – e, no caso dos dois ex-prefeitos, as últimas votações na cidade tiveram números bem parecidos.

Contagem
Estamos há 2 anos e 4 meses sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.