• Pichações e lixeiras quebradas causam prejuízos para os cofres públicos

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  • 02/09/2019 12:30

    Pichações, lixeiras quebradas, plantas roubadas. Os casos de vandalismo têm sido um problema em toda a cidade e causa prejuízos para os cofres públicos. Segundo a Comdep, apesar das lixeiras terem durabilidade de até quatro anos, das 734 lixeiras instaladas nos postes, em janeiro deste ano, 152 tiveram que ser substituídas porque foram destruídas. 

    “O vandalismo e a falta de conservação do bem público, hoje, é o nosso inimigo número um. Isso é bastante prejudicial para a cidade como um todo, pois fere os cofres públicos diretamente. Só das lixeiras de aço é preciso quatro chapas para construí-la, e cada uma custa mais ou menos R$ 850,00. Isso sem contar a tinta, a cantoneira e a mão de obra. O custo total de cada uma fica em torno de R$ 4 mil; já o valor de cada lixeirinha de poste é de R$ 71,80. Fazendo a multiplicação das danificadas, o prejuízo é de R$ 10.913,60. É um preço que devemos arcar, mas se a própria população não cuida, quem é que vai cuidar. O que é público é de todos”, afirma Wagner Silva, diretorpresidente da Comdep.

     

    Outro caso que também causa prejuízos ao patrimônio da cidade são os casos de roubo e furto de plantas em canteiros da cidade. A Comdep não soube informar ao certo o número exato de mudas e flores plantadas no período, mas segundo o órgão, a maioria não chega a durar uma semana nos respectivos locais. “Estes tipos de furto são tão recorrentes – para não dizer ‘normais’ – que a gente mal tem como estimar. Na Avenida Koeler, por exemplo: a gente planta as hortênsias regularmente, e geralmente não dura mais do que algumas semanas. Nas praças do Centro todo isso acontece. O pior é que a própria população perde com tudo isso”, disse Wagner. 

    Outro ponto que preocupa são as pichações em diversos monumentos e construções do Centro Histórico: foram contabilizados mais de 10 pontos – entre construções e monumentos – com pichações evidentes entre a Rua do Imperador, Avenida Koeler, Avenida da Imperatriz e Rua Nilo Peçanha. Apenas para citar um exemplo, o prédio onde funciona a agência central dos Correios é um dos pontos mais afetados da cidade. A parte lateral da Catedral São Pedro de Alcântara também está bastante comprometida por traços de vandalismo: o banheiro público que fica ao lado do ponto turístico está coberto de pichações, por dentro e por fora. Os bancos e bustos da Praça da Liberdade também foram danificados.

    O trabalho de implantação das câmeras de monitoramento do Centro Integrado de Operações (Ciop) tem atuado para conter o vandalismo. Segundo a Prefeitura, 56 câmeras são mantidas em 46 locais que fazem o monitoramento na cidade 24 horas por dia. No primeiro ano de funcionamento, foram registradas 126 situações de vandalismo, com 15 prisões realizadas. De acordo com o governo, “a maioria dessas imagens foram registradas em locais como a Rua do Imperador e Rua Teresa”.

    No total, o investimento na estrutura do Ciop foi de R$ 443,5 mil, com verba do governo federal, e mais R$ 4,5 mil de contrapartida do município – totalizando R$ 448 mil. A pichação é crime penal, sujeito a detenção de três meses a um ano e multa. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada, a pena sobe para seis meses a um ano de detenção e multa. 

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