• PF prende dois da Abin por grampo de celulares e intimidação durante governo Bolsonaro

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  • 20/10/2023 08:50
    Por Pepita Ortega / Estadão

    A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 20, a Operação Última Milha para prender dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que usaram indevidamente o sistema de geolocalização de celulares do órgão para coerção. As ordens já foram cumpridas no Distrito Federal.

    Agentes ainda vasculham nesta manhã 25 endereços em Brasília (18), Alexânia (GO – 1), São Paulo (1), São José dos Campos (SP – 1), Curitiba (1), Maringá (PR-1), Florianópolis (1), São José (SC – 1) e Palhoça (SC – 1).

    As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin.

    A ofensiva mira supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

    De acordo com a PF, o grupo sob suspeita teria usado o sistema da Abin – um “software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira” – para rastrear celulares “reiteradas vezes”. Os crimes teriam sido praticados sob o governo Jair Bolsonaro. À época, o órgão era comandado por Alexandre Ramagem.

    Os servidores presos nesta manhã teriam usado o “conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão” em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

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