Petropolitanos seguem parâmetro mundial e começam e ingerir bebidas alcoólicas a partir dos 12 anos

Petrópolis foi considerada pelo tenente-coronel, Eduardo Vaz Castelano, comandante do 26° Batalhão da Polícia Militar, como uma cidade onde existem muitos usuários de drogas, fato que tem atraído cada vez mais traficantes de outras cidades, como do Rio de Janeiro. De acordo com a psicóloga Leandra Iglesias, que há mais de 15 anos alerta as autoridades locais, e especialistas da área sobre o problema, a cidade Imperial segue as estatísticas alarmantes mundias, com relação a iniciação de jovens no mundo das drogas. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, OMS, a idade de iniciação ao uso de álcool e outras drogas é de 12 anos. Esse também é o resultado das pesquisas realizadas pela, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, SENAD, que apontam essa idade como a média de iniciação ao uso de álcool e outras drogas no Brasil. Petrópolis, apesar de não fazer pesquisas, ou possuir banco de dados com relação a estatísticas desse tipo, segue a tendência mundial. 

Segundo Leandra, é preocupante não haver no município um sistema de rede que contabilize a iniciação do uso de álcool e outras drogas em Petrópolis, assim como quais são os principais entorpecentes utilizados por esse público. “Esses dados são essenciais para que se faça um planejamento que desenvolva uma política pública própria ao perfil da cidade. Há 16 anos faço ações sociais voltadas à prevenção e tratamento ao uso, abuso e dependência de drogas lícitas e ilícitas e, mesmo relatando essas falhas ou carências de pesquisas para obtenção de dados mais precisos e realistas, através dos atendimentos em CAPS-ad e/ou outras instituições que recebam esses jovens, analiso minhas próprias experiências, fora do âmbito da clínica particular, quando levo informações às escolas, igrejas, comunidades, famílias e outros”, explicou a psicóloga. 

Portanto, o perfil do usuário em Petrópolis, é de iniciar aos 12 anos a ingestão de álcool, e cigarro entre os 14 e 16 anos, já com uso abusivo dessas substâncias. Rapidamente esses jovens passam  para a maconha e cocaína, por volta dos 16 a 18 anos já com uso frequente. “Para piorar muitas vezes esses adolescentes ainda se envolvem com o tráfico, e se tornando dependentes em curto espaço de tempo. Nas apreensões realizadas pelos órgãos de competência, observo ainda que cresce, vertiginosamente, o número de jovens menores de 18 anos envolvidos com as drogas ilícitas, como usuário ou traficante”, alertou. 

Ainda segundo dados da OMS, o resultado de pesquisas realizadas em 2015 pela organização declara que atualmente, no Brasil toda e qualquer família possui um ou mais familiares envolvidos, direta ou indiretamente, com a problemática do uso de álcool e outras drogas.