Petropolitano Paulo Sérgio Almeida, diretor de filmes da Xuxa e criador do Filme B, morre aos 80 anos

Morreu, nessa quinta-feira (14), aos 80 anos, o cineasta petropolitano Paulo Sérgio Almeida, em decorrência de complicações de um câncer de pulmão. Paulinho, como era conhecido, deixa a mulher Cristina Siaines e três filhos: Bernardo Siaines, Ana Alkimim e Pedro Alkimim, além de um legado que atravessa décadas de dedicação à análise, difusão e fortalecimento do setor audiovisual nacional.

Fundador da plataforma Filme B, referência na apuração de dados e tendências da indústria cinematográfica, o petropolitano construiu uma trajetória que uniu a realização artística, a gestão pública e privada, e a formação de novas gerações de profissionais. Ele também foi diretor de sucessos do cinema infantojuvenil, dentre eles, filmes protagonizados por Xuxa Meneghel.

Nascido em Petrópolis, no dia 28 de abril de 1945, iniciou a carreira como diretor, assinando títulos como “Beijo na Boca” (1982), “Banana Split” (1988), “Sonho de Verão” (1991) e produções de grande apelo popular como “Xuxa Popstar” (2000), “Xuxa e os Duendes” (2001) e “Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas” (2002).

Em 1997, fundou a Filme B, consolidando sua posição como especialista do mercado cinematográfico, com passagens de destaque pela Embrafilme e pela RioFilme, onde exerceu cargos estratégicos.

Almeida também atuou como consultor para instituições e empresas de grande relevância, entre elas a Globo Filmes, BNDES, Petrobras, Eletrobrás e Ancine, além de ter integrado comissões de seleção de projetos e ministrado cursos e palestras no Brasil e no exterior. Seu último longa-metragem como diretor foi “Inesquecível” (2007), mas seu papel como articulador e pensador do cinema brasileiro se manteve ativo até os últimos anos, especialmente em eventos como o Ventana Sur, na Argentina.

O CEO da Rede Cinemaxx, Gilberto Leal, expressou profundo pesar pela perda. “Como é triste perder essa referência. Paulo Sérgio Almeida foi mais do que um profissional exemplar; foi um amigo do cinema brasileiro, alguém que acreditava na força da nossa indústria e lutava por ela com dedicação e inteligência. Sua ausência será sentida por todos nós que amamos e trabalhamos pelo cinema”.

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