• Petropolitano é auxiliar técnico da Seleção Brasileira Masculina de Goalball

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  • Equipe vai disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024

    16/jun 18:08
    Por Maria Julia Souza

    Atuando há 11 anos no Goalball, o petropolitano Fábio Brandolin atualmente integra a comissão técnica da Seleção Brasileira Masculina da modalidade, e que irá disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Desde 2022, ele atua como auxiliar técnico da equipe, a convite do atual treinador.

    “Em 2022, quando teve uma mudança na comissão técnica da Seleção Brasileira Masculina de Goalball, e o professor Jônatas Castro foi convidado a assumir como técnico da equipe, ele me convidou para ser auxiliar técnico dele”, contou Fábio.

    Além de integrar a comissão técnica da Seleção Brasileira, Fábio também trabalha no Instituto Benjamin Constant, referência nacional no atendimento à pessoas com deficiência visual. Na instituição, ele atua como professor de educação física, além de coordenar o Paradesporto da instituição – modalidades esportivas praticadas por PcD’s, e ser o treinador das equipes de Goalball do Instituto.

    Foto: Arquivo Pessoal

    Atualmente vivendo em Petrópolis, ele divide seu tempo entre a Cidade Imperial e o Rio de Janeiro, onde trabalha.

    O que é o Goalball

    Fábio explica que o Goalball possui uma característica peculiar, não sendo adaptado de uma modalidade já preexistente e criado especificamente para as pessoas com deficiência visual praticarem.

    “Tanto pessoas cegas quanto pessoas com baixa visão, podem competir no Goalball. Todo atleta [de Goalball] joga vendado, então mesmo que ele [atleta] tenha algum resíduo visual, quando está no jogo, competindo, não está enxergando absolutamente nada”, explicou.

    A modalidade utiliza uma quadra com as mesmas dimensões da quadra de Voleibol – 18m x 9m. No entanto, a quadra de Goalball também possui uma característica especifica da modalidade, onde todas as linhas [da quadra] são em alto relevo. Elas possuem um barbante, com uma fita adesiva por cima, onde o alto relevo das linhas possibilita que os atletas se localizem na quadra.

    “O Goalball é um jogo que além dessa adaptação na quadra, tem uma adaptação na bola também. Uma bola de Goalball é semelhante a de Basquete, sendo que ela é uma bola mais pesada, com 1,250 kg e tem guizos no seu interior. Então quando ela rola pelo solo, emite som e o atleta consegue identificar a trajetória dela [bola] e tentar fazer defesa”, explicou Fábio.

    A disputa do Goalball é realizada com três atletas em cada equipe em quadra, onde precisam defender um gol com nove metros. “Quando a bola é arremessada pelo adversário, eles [atletas] deitam na quadra para ter uma maior área do corpo para defender esse arremesso, já que a bola vem, predominantemente, rasteira ou quicada”, contou Fábio.

    Foto: Divulgação

    Vence a disputa a equipe que conseguir fazer o maior número de gols. 

    Rotina

    Fábio explica que os treinos da equipe são realizados em fases, que ocorrem todos os meses, no Centro Paralímpico, em São Paulo. O local é um centro de referência mundial para o treinamentos de modalidades paralímpicas.

    “Lá nós temos um local específico para o treinamento do Goalball, e nessas fases de treinamento, nós passamos dez dias, aproximadamente, com os atletas que são convocados. Nessa fase de treinamento, esses atletas têm de dois a três treinamentos diários, entre físicos, técnicos e táticos da modalidade. Quando eles [atletas] não estão nessa fase de treinamento com a seleção, em São Paulo, eles têm os seus treinamentos diários nos seus clubes, nas suas instituições esportivas”, explicou.  

    Expectativa para os Jogos de Paris

    Fábio conta que a expectativa para os Jogos Paralímpicos de Paris é grande, uma vez que é a sua primeira vez na competição e a equipe é a atual campeã paralímpica da modalidade. Além disso, a equipe também é a atual campeã mundial e campeã dos Jogos Parapan-americanos.

    “Nós somos a única equipe tricampeã mundial. Então, por conta de todos esses resultados recentes, de todo o trabalho pesado que nós estamos fazendo, em busca desse resultado positivo, agora em Paris a expectativa é muito grande que a gente consiga uma medalha, e o trabalho vem sendo feito para que a gente consiga isso”, contou Fábio.

    Foto: Divulgação

    Ao todo, oito países irão competir na modalidade, onde as melhores seleções estão nos Jogos Paralímpicos. O Goalball estreia na competição no dia 29 de agosto e as finais acontecem no dia 5 de setembro.

    “Eu gostaria de convidar a todos para acompanhar e torcer bastante pelo Goalball nas paralímpiadas de Paris 2024. Nós vamos estar representando o Brasil com a equipe masculina e feminina. Então fiquem na torcida por uma medalha brasileira nos jogos”, finalizou Fábio.  

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