Petropolitano coleciona maquetes de navios alemães da década de 30 e 40
Desde criança, o aposentado Thomas Pomp cultiva uma paixão pela história da marinha alemã. Há cerca de 10 anos, esta paixão começou a ganhar forma e tamanho. Thomas começou a produzir réplicas em miniatura de navios de guerra alemães e, hoje, ostenta uma coleção de 16 maquetes com os mais importantes navios da década de 30 e 40.
“Eu sempre tive paixão pelos navios alemães, sempre pesquisei a respeito. São quase 10 anos de pesquisa e dedicação a essas peças”, contou o artesão. Após longos anos trabalhando como bancário, Thomas precisou se aposentar por motivos de saúde, e hoje se dedica exclusivamente ao hobbie.
Todas as maquetes são produzidas em alumínio, segundo Thomas, a escolha do material é porque os navios de guerra são feitos em maior parte de ferro, a intenção é fazer as peças mais próximas dos navios originais. “O alumínio é um material pouco valorizado, é leve, fácil de trabalhar. Dá um acabamento perfeito nas maquetes. E a durabilidade também é muito boa, pode durar a vida inteira” brincou.
Cada peça leva em média um mês para ficar pronta, toda coleção somam três anos de trabalho e dedicação. O artesão mostra com orgulho cada navio e conta com riqueza de detalhes a história de combate de um de seus preferidos: o Admiral Graf Spee. “Ele foi construído para afundar navios mercantes, seus canhões eram muito superiores aos da época. Durante uma batalha, enquanto enfrentava três navios ingleses, após conseguir afundar um, buscou refúgio na costa do Uruguai, no Rio da Prata. O Comandante tinha ordens de não deixar que o navio fosse tomado por tropas inimigas. Como já estava danificado, o Comandante desembarcou a tripulação e explodiu parte do navio, fazendo com que ele naufragasse. Agora, na costa do Uruguai é possível vê-lo com parte da embarcação sob a água”, contou.
Thomas conta que através da internet visita museus alemãs, e é daí que tira as imagens que servem como base para construir os navios. Algumas peças são montadas primeiro em cartolina, e depois são produzidas em alumínio. Ele construiu todos sozinho, “mas meus filhos as vezes dão uma mãozinha”, brincou.
Deutschland, Leipzig, Blucher, Prinz Eugen e Tirpitz, são alguns dos modelos feitos por ele. Alguns destes possuíam porta aviões, alguns decolavam por uma espécie de catapulta. E tudo é reproduzido com perfeição nas maquetes.
Os navios não estão a venda, mas Thomas brinca dizendo que aceita propostas. Ele já participou de duas exposições. A última foi em outubro, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). “Por enquanto não estou produzindo, mas no futuro quero fazer um protótipo de navio que funcione realmente, tenha motor e luzes”, contou.