Petropolitana de 7 anos submetida a transplante de medula emociona em agradecimento a doador
Há cerca de três meses, a história da pequena Laura Moraes de Andrade, de sete anos, mobilizou as redes sociais. A menina, que perdeu a mãe há um ano, foi diagnosticada com uma doença rara chamada de aplasia medular, ou seja, seu organismo não conseguia produzir células sanguineas suficientes, e precisava de uma nova medula de óssea. Foram meses de espera até que no dia 24 de novembro ela conseguiu fazer o transplante e essa semana recebeu a confirmação dos médicos de que não houve rejeição.
“Na Semana de Conscientização Nacional de Doação de Medula Óssea, recebemos a notícia de que a medula dela pegou. Ou seja, começou a fabricar seu novo sangue”, comemorou a tia e madrinha, Vanessa Ribeiro Moraes. Apesar de não haver rejeição, Laura ainda precisa ficar um tempo no hospital – Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) – até concluir a bateria de exames.
“A recuperação acontece muito calmamente, tem que tomar muitos remédios por um bom tempo, fazer acompanhamento por toda a vida, mas o mais importante é que é o começo da sua nova vida”, disse a tia. “É um momento de benção e de grande alegria e que a história dela sirva de incentivo para que haja mais doadores”, ressaltou Vanessa.
Do hospital, a pequena Laura fez um vídeo agradecendo o doador, que se disponibilizou a fazer a doação mesmo em tempo de pandemia e pediu que mais pessoas também sejam doadores de sangue e de medula óssea. “Quero agradecer a todos que se cadastraram como doadores e que deram um pouco do seu tempo doando sangue”, disse a menina.
O doador de Laura é brasileiro e estava cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) do Ministério da Saúde. A doação de sangue para fazer o cadastro no sistema não é feita em Petrópolis, mas na cidade do Rio de Janeiro existem dois pontos de coletas: no Banco de sangue Instituto Nacional do Câncer José Alencar G. da Silva – INCA e no Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ.
Para ser doador de medula é necessário ter entre 18 e 55 anos. Estar em bom estado de saúde. Não ter histórico de câncer, doenças do sistema imunológico ou que possam ser transmitidas no sangue.
Após fazer o cadastro em um dos centros, onde é feita a coleta de cinco ml de sangue para o mapeamento genético, os dados do doador são cruzados com pacientes de todo o mundo que precisam de medula. A doação só é feita se houver compatibilidade com algum paciente. Sendo compatível, o doador é contatado para fazer a doação. Todo o procedimento é realizado na unidade mais próxima da residência do doador.
Confira os locais para doação de medula:
Banco de sangue Instituto Nacional do Câncer José Alencar G. da Silva – INCA
Endereço: Praça Cruz Vermelha, 23, 2° andar, Centro, RJ.
Horário: segunda a sexta: 08:00 às 14:30
Telefone: (21) 32071580
Núcleo de Hemoterapia do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ
Endereço: Boulevard 28 de Setembro, 109, Vila Isabel, RJ
Horário: segunda a sexta das 08:00 às 15:00
Telefone: (21) 28688134
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