• Petrópolis tem aumento de 650% no número de casos de dengue neste ano

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  • 13/12/2023 14:36
    Por Maria Julia Souza

    Os casos de dengue no Brasil aumentaram 15,8% em 2023 em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Em 2022, foram registradas mais de 1,3 milhão de ocorrências. Já neste ano, o número subiu para 1,6 milhão.

    O mesmo acontece em Petrópolis, que até o início de novembro de 2023, teve 105 casos da doença registrados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O número é bem superior quando comparado a 2022, quando foram 14 casos, aumento de 650% no período. Em ambos os anos, não há registros de óbitos pela doença. De acordo com a pasta, ao longo deste ano, foram realizados quatro Levantamentos de Índice Rápido para Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), que apresentam os indicadores de infestação do mosquito por região.

    Até o fim de novembro, foram feitas mais de 570 mil visitas em imóveis da cidade pelos agentes de combate às endemias, para vistoria na busca de focos e criadouros, aplicação de larvicidas e inseticidas, além de orientação. O município conta com 137 agentes.

    Segundo a Prefeitura, foi criado o Comitê Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses, como Dengue, Zika e Chikungunya, que é coordenado pela Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, e conta com representantes da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), Secretarias de Meio Ambiente, Educação, Obras e Defesa Civil, que se reúnem para elaborar e discutir ações no combate às arboviroses. 

    Números no estado

    Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), neste ano, até o momento, foram registrados 43.205 casos de dengue em todo o estado, dos quais 22.780 foram confirmados em exames laboratoriais. Ao todo, foram contabilizados 26 óbitos. O maior número de casos prováveis é observado na capital e na região Noroeste Fluminense.

    Em 2022, foram 11.400 casos prováveis de dengue em todo o estado, sendo 5.590 confirmados em exames laboratoriais, e 16 óbitos.

    De acordo com a pasta, não há ainda registro de dengue tipo 3 no estado, mas, na última quinta-feira (07), foi confirmado o primeiro caso de dengue tipo 4 na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de uma mulher, de 45 anos, residente da capital fluminense, que teve a amostra confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) após três protocolos de análise diferentes. A paciente teve os primeiros sintomas no dia 26 de novembro e segue com os cuidados e tratamento em sua residência.

    Leia Também: Primeiro caso de dengue tipo 4 é confirmado no Rio de Janeiro

    O tipo 4 da doença tem os mesmos sintomas dos tipos 1, 2 e 3: febre, dores de cabeça, dores no corpo e articulações, náuseas e vômitos, podendo ainda surgir manchas vermelhas na pele. O tratamento é feito da mesma forma para os quatro tipos, com repouso e hidratação.

    Prevenção

    O controle do vetor Aedes Aegypti é a melhor forma de prevenir a dengue e outras arboviroses urbanas, como Chikungunya e Zika, seja pelo manejo integrado de vetores ou pela atuação da população, eliminando os focos do mosquito em seus domicílios e quaisquer outros espaços de vivência, como o local de trabalho, igrejas, centros espíritas e escolas.

    Deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas e tampas, impedindo depósito de ovos do mosquito. Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão.

    A proteção contra picadas de mosquito é necessária principalmente durante o dia, já que é o período em que o Aedes Aegypti mais “atua”, e mais frequentemente entre 6h e 10h, e entre 16h e 20h.


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